O jornalista e ativista político Wilfred Iván Ojeda Peralta foi encontrado morto com um tiro na cabeça e sinais de tortura no município de Revenga, no estado de Aragua, na Venezuela, informou o Noticia al Día.
Ojeda, de 56 anos, estava com as mãos amarradas e um capuz na cabeça. O corpo foi localizado em um terreno baldio na terça-feira 17 de maio de 2011. Até agora, não se sabe o motivo do crime, informou a Agência de Notícias de Venezuela.
O jornalista havia sido dirigente do partido Ação Democrática, no estado de Aragua, e atualmente assinava uma coluna no jornal El Clarín, de oposição ao governo, explicou o El Universal.
Segundo o El Aragüeño, Ojeda teria sido abordado pelos criminosos na cidade de La Victoria. “Ao que parece, foi lá que amarraram as mãos dele e colocaram um capuz em sua cabeça, para, mais tarde, matá-lo em um lugar ainda não identificado”, explicou a publicação.
Na tarde anterior, o jornalista havia falado com a família e não pareceu “estar preocupado ou em circunstâncias extremas”, disse Ruth Ojeda, filha dele, segundo o El Periodiquito.
Jornalistas e meios de comunicação têm enfrentado pressões sistemáticas do governo de Hugo Chávez, por meio do fechamento de meios de comunicação e de contínuas críticas do presidente, assim como de novos poderes do Executivo para controlar a imprensa. No entanto, os assassinatos de jornalistas não são tão comuns como no México.
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Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.