Por Ingrid Bachmann
A editora do jornal colombiano El Tiempo Jineth Bedoya Lima foi ameaçada pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) após lançar um livro sobre “Mono Jojoy”, líder guerrilheiro morto em setembro, informou a Fundação para a Liberdade de Imprensa (FLIP).
Segundo o livro, chamado Vida y muerte del Mono Jojoy (Vida e morte de Mono Jojoy) , o guerrilheiro havia mandado matar ou intimidar diversos jornalistas colombianos, entre eles Néstor Morales, da Radio Caracol, e Adriana Aristizábal e Astrid Legarda, que trabalhavam para a TV RCN , noticiou a agência EFE.
De acordo com a FLIP, o site da Agencia de Noticias Nueva Colombia, agência de notícias sobre o país latino-americano baseada na Suécia e simpática às Farc, exibia, no dia 9 de novembro, uma foto da jornalista com a seguinte pergunta: “Jineth Bedoya, jornalista ou membro da inteligência militar?”. Membros dos setores de inteligência da Polícia e do Exército alertaram a profissional de que se tratava de uma ameaça das Farc.
Jineth Bedoya Lima se especializou em investigações sobre o conflito armado colombiano e já publicou quatro livros sobre o tema. Ela já havia sido ameaçada outras vezes. Embora tenha afirmado saber desde o início que o livro desagradaria as Farc, a jornalista reconheceu estar “muito preocupada” com o alto risco atribuído pelas autoriadades a seu caso, acrescentou a nota da FLIP.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.