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Abraji faz sugestões ao Plano de Ação da ONU para proteção de jornalistas

Por Isabela Fraga

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) enviou sugestões ao Plano de Ação para melhorar a segurança dos jornalistas e combater a impunidade, proposto pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), informou o site da Abraji. A convite do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), a associação convocou diretores e associados para discutir pontos que deveriam ser incluídos no plano.

Entre os pontos abordados no documento enviado ao Itamaraty, a Abraji sugere uma melhor definição do papel dos Estados na implementação das ações previstas no plano; a criação de instrumentos de avaliação de programas de proteção aos defensores de direitos humanos; e a consulta a jornalistas, familiares de vítimas, juízes e promotores de países violentos na fase de elaboração do plano.

No rascunho do plano, disponibilizado pela Unesco, a organização internacional divide as ações em cinco tipos: a cooperação com Estados-membros da ONU, os trabalhos a serem desenvolvidos dentro da ONU, a parceria com outras instituições, a conscientização da sociedade em relação aos perigos enfrentados pelos jornalistas no mundo e a prevenção de ataques contra jornalistas. Para elaborar a carta de sugestões, a Abraji consultou representantes do Centro de Proteção aos Jornalistas (CPJ), da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) e também o diretor-fundador do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas, Rosental Calmon Alves.

A aceitação do rascunho do Plano de Ação da ONU sobre a Segurança dos Jornalistas e o Problema da Impunidade já teve altos e baixos no Brasil. Em abril deste ano, o governo brasileiro se recusou a apoiar o rascunho do plano da ONU, o que alarmou jornalistas brasileiros e organizações internacional de jornalismo. Em junho, no entanto, a embaixadora Maria Luiza Ribeiro Viotti, da representação permanente do Brasil junto às Nações Unidas, enviou uma carta ao Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) afirmando que o país apoia o programa.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog Jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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