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América Latina supera Ásia e Oriente Médio em assassinatos de jornalistas

De acordo com um relatório do Instituto Internacional de Imprensa (IPI), a América Latina tornou-se a região mais perigosa do mundo para o exercício do jornalismo, superando a Ásia, o Oriente Médio e o Norte da África no número de assassinatos de jornalistas no primeiro semestre de 2010, informam a Europa Press e o site Periodista Digital.

Este ano, os assassinatos de jornalistas no México e em Honduras, com sete e oito casos respectivamente, inclinam a balança para o lado da América Latina, com 16 jornalistas mortos. Em comparação, na Ásia, 11 jornalistas perderam a vida no mesmo período - a maioria por causa dos conflitos no Afeganistão e no Paquistão, informou o Periodista Digital.

De acordo com o relatório semestral de monitoramento das mortes de jornalistas no mundo, publicado pelo IPI nesta segunda-feira, 19 de julho, esta é uma tendência "preocupante" na América Latina, que já ocupa a terceira posição no ranking das regiões mais perigosas para jornalistas nesta década.

Um ano após o golpe militar, Honduras tem sofrido uma onda de ataques a jornalistas, enquanto o México "tem sido de forma consistente um lugar perigoso para jornalistas desde que o IPI começou a monitorar os assassinatos, em 1997, devido à contínua violência resultante dos conflitos entre os cartéis do narcotráfico e o Exército apoiado pelo governo".

"O IPI continua extremamente preocupado com a crescente violência nas Américas", disse David Dadge, diretor do IPI. "Para que os jornalistas possam exercer sua profissão com segurança, a lei e a ordem precisam ser restaurados, e deve-se colocar um fim à impunidade", acrescentou.

No primeiro semestre de 2010, 38 jornalistas foram mortos no exercício da profissão. No mesmo período do ano passado o número chegou a 43. Desses, um em cada cinco investigavam atos de corrupção.

Veja as estatísticas e gráficos do relatório aqui (PDF em inglês).

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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