Por Isabela Fraga
As 12 mortes violentas de jornalistas registradas no Brasil entre agosto de 2010 e julho de 2012 levaram a Associação Nacional de Jornais (ANJ) a declarar estado de "alerta especial", informou a EFE. O alerta foi lançado na abertura do 9º Congresso da ANJ, na segunda-feira, 20 de agosto, em São Paulo.
No relatório, a ANJ também cita o aumento do número de ataques contra jornalistas e violações da liberdade de expressão no país, acrescentou o site Paraná Online. Decisões judiciais que impediram a publicação de notícias e reportagens por alguns veículos também foram mencionadas pela organização como um dos fatores para o alerta. "A censura prévia por via judicial é uma ofensa ao princípio maior da liberdade de expressão definido pela Constituição", disse a ANJ.
Apenas em 2012, foram assassinados sete jornalistas no Brasil. O caso mais recente foi a morte do comentarista esportivo Valério Luiz, em Goiás. Não à toa, portanto, o país figura entre os mais perigosos para jornalistas numa pesquisa do International News Safety Institute (INSI) divulgada no início de agosto.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.