Após sair ileso de um sequestro, durante o qual quase foi queimado vivo, Mario Esteban López, dono e diretor do canal regional 22 RAV Televisión, de Ipiales, na fronteira da Colômbia com o Equador, recebeu novas ameaças, informou o El Observador. Ele foi orientado a deixar a cidade, para não ser assassinado.
O jornalista havia sido sequestrado no dia 31 de maio de 2011. Os criminosos tentaram estrangulá-lo e jogaram gasolina em seu corpo. Uma semana depois, recebeu novas ameaças, explicou o El Comercio.
López começou a ser perseguido após abordar certos "temas sensíveis" em seus programas, como a gestão da polícia local e as ações de moradores de um bairro contra traficantes, diante da falta de atuação das autoridades, informou o Terra.
No dia 5 de junho, o prefeito de Ipiales abriu um processo por "injúria" e "calúnia" contra López, que o teria acusado de estar por trás do atentado, acrescentou a Repórteros Sem Fronteiras (RSF), citada pelo Hora Cero.
A RSF pediu às autoridades colombianas que garantam a segurança do jornalista. "Em vez de processá-lo, por que o governo municipal não reagiu ao atentado de 31 de maio? Por que o prefeito não aceitou o convite do jornalista para participar de seu programa de TV?”, questionou a organização.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.