Por Isabela Fraga
A segunda testemunha do assassinato do jornalista maranhense Décio Sá, ocorrido em abril de 2012, morreu após levar sete tiros em um atentado em janeiro deste ano, informou o jornal Estado de S. Paulo.
Segundo o G1, Ricardo Silva (conhecido como o Carioca), ficou internado por três semanas em São Luiz após o ataque e sete suspeitos de cometer o crime foram presos. Principal testemunha do assassinato, Silva tinha contato com os agiotas que teriam planejado a morte do jornalista e, de acordo com a polícia do Maranhão, ele contaria novos detalhes no próximo depoimento, noticiou o Uol.
Ainda segundo o Estado de S. Paulo, o secretário adjunto de Inteligência e Assuntos Estratégicos da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão, Laércio Costa, afirmou que Silva era um "arquivo vivo, por isso sua morte foi encomendada".
Dada como esclarecida em junho, a investigação do assassinato de Décio Sá já teve outras reviravoltas. Em janeiro deste ano, o advogado de defesa pediu a interrupção dos depoimentos das testemunhas do crime, e foi acusado pela procuradora-geral de justiça do Maranhão de "atrasar o andamento do processo". Sá foi assassinado em 23 de abril em São Luiz após denunciar em seu blog um esquema de agiotagem no estado. Sua morte reacendeu o debate sobre a segurança de jornalistas de veículos regionais no Brasil.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.