O assassinato de um vendedor de jornais na Colômbia esta a ser visto como um possível mecanismo de censura, alertaram organizações como a Fundação para a Liberdade de Imprensa FLIP.
Cerca de oito horas no sábado, 28 de setembro, José Darío Arenas, vendedor do jornal "Extra Quindío", no município de Caicedonia (província sudoeste de Valle del Cauca), foi abordado por homens armados que atiraram várias vezes, informou o site da HSB News.
A principal notícia do dia denunciava supostas irregularidades na prisão Caicedonia por funcionários da Penitenciária Nacional e INPEC. Após o assassinato, uma das fontes consultadas para este trabalho recebeu um telefonema ameaçador em que ele disse que "tinha caído o primeiro", informa o FLIP.
De acordo com esta organização, fontes oficiais da região - que pediram anonimato - confirmaram que a publicação de uma grande notícia prevê como cenário o motivo para o assassinato. FLIP convidou as autoridades não só resolver o crime, mas a fornecer proteção a todas as pessoas que se relacionam com a imprensa.
Para esta solicitação se juntou a organização Repórteres Sem Fronteiras, RSF, que destacou também a violência contra a união dos jornalistas no país durante este ano, a greve nacional palpável em agosto e o assassinato de dois jornalistas de rádio. "Crimes que estão ainda a ser esclarecido", disse a RSF que os altos níveis de impunidade na Colômbia se devem em grande parte à lentidão de processos judiciais que acabam por prescrever.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.