Seis anos após o assassinato, a tiros, do cinegrafista Brad Will, em Oaxaca, no México, autoridades do país anunciaram a prisão de um acusado, Lenin Osorio Ortega, informou o Milenio. Ainda assim, organizações como a Repórteres Sem Fronteiras ainda têm dúvidas sobre o verdadeiro assassino do jornalistas, morto em outubro de 2006.
Além de reconhecer a grave crise de segurança para jornalistas na América Latina e no Caribe, o 10º Fórum Anual de Austin sobre o Jornalismo nas Américas, que aconteceu entre os dias 20 e 22 de maio em Austin, Texas, serviu de plataforma para lançar ideias sobre como resolver o problema da falta de proteção. No maior Fórum já realizado, com mais de 70 participantes representando o Caribe e a maioria dos países das Américas, o tema foi "Segurança e Proteção de Jornalistas, blogueiros e jornalistas cidadãos"
O 10º Fórum de Austin para o Jornalismo nas Américas começou no domingo, 20 de maio, com uma análise dos maiores problemas de segurança que os jornalistas no continente americano enfrentam. Durante a sessão de abertura do Fórum, Frank La Rue, relator especial para a liberdade de expressão das Nações Unidas, e editores de jornais do México e da Guatemala, ressaltaram os riscos de fazer jornalismo independente em uma região cada vez mais atormentada pela violência, corrupção e impunidade desenfreadas.
Ao destacar que celebrar o trabalho dos jornalistas é uma forma de criar uma atmosfera nacional e mundial na qual se respeita a liberdade de expressão, Guy Berger, diretor de liberdade de expressão e meios de comunicação da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), explicou brevemente o Plano de Ação da ONU pela Segurança de Jornalistas e o Tema da Impunidade durante o primeiro dia do 10º Fórum de Austin de Jornalismo nas Américas.
Na segunda-feira, 14 de maio, o Newseum realizou uma cerimônia especial para incluir os nomes dos 70 jornalistas que morreram no trabalho em 2011 e dois que morreram nos anos anteriores em seu Memorial de Jornalistas, informou o site MediaBistro.
O Washington Office on Latin America, Escritório de Washington para Assuntos da América Latina (WOLA, na sigla em inglês) nomeou o jornal digital El Faro, de El Salvador, para o Prêmio de Direitos Humanos de 2012, reconhecendo que o jornalismo investigativo do site "põe um holofote na corrupção e no crime organizado", anunciou o WOLA nesta quarta-feira, 9 de maio.
O jornalista mexicano Humberto Padgett foi um dos ganhadores do prestigiado Prêmio Ortega y Gasset de Jornalismo 2012, organizado pelo jornal espanhol El País e entregue no dia 8 de maio. Padgett, repórter da revista mexicana Emeequis, venceu na categoria de jornalismo impresso pelo trabalho Os Meninos Perdidos", sobre o crime organizado no México.
Enquanto o restante do mundo celebrava o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, Rob Ford, o prefeito de Toronto, Canadá, chamou a polícia para prestar queixa contra o repórter do Toronto Sun Daniel Dale e exigiu que Dale fosse retirado da cobertura da Câmara Municipal, ameaçando não falar com nenhum outro membro da mídia se ele estivesse por perto, informou o CTV News e o National Post.
Foram anunciados os vencedores das duas bolsas para jornalistas mais prestigiadas do mundo: a bolsa Nieman, em Harvard, e a bolsa de jornalismo John S. Knight, na universidade de Stanford.
Na quinta-feira, 3 de maio, Repórteres Sem Fronteiras lembrou o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa condenando o "ritmo alucinante de ataques físicos contra jornalistas", observando que em 2012, um jornalista foi morto a cada cinco dias. No mesmo dia, circulou a notícia do assassinato de mais dois jornalistas mexicanos no estado de Veracruz. Só neste ano, a organização registrou o assassinato de 21 jornalistas e seis internautas e jornalistas cidadãos.