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Brasil diz à OEA que não reabrirá investigação da morte do jornalista Vladimir Herzog por causa da Lei da Anistia

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  • 25 junho, 2012

Por Isabela Fraga

O governo brasileiro informou à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA), que não reabrirá investigações sobre a morte do jornalista Vladimir Herzog por causa da Lei da Anistia, informou o G1 nesta quinta-feira (21).

Em março, a CIDH iniciou um processo contra o Brasil por não investigar as circunstâncias da morte do jornalista durante o período da ditadura militar. Herzog morreu em 1975, nas dependências do Exército em São Paulo, após comparecer espontaneamente para depor. Testemunhas afirmam que o jornalista foi brutalmente torturado e executado, mas a versão oficial alega suicídio, informou o Yahoo.

A família de Vladimir Herzog criticou a resposta do governo brasileiro, que considerou "inaceitável", informou o Estado de S. Paulo. A resposta do Brasil à notificação da CIDH tem 47 páginas e menciona a Lei da Anistia, que beneficiou também agentes de Estado acusados de violações de direitos humanos durante a ditadura militar. O documento, no entanto, é sigiloso.

A resposta do governo brasileiro sobre a investigação do caso Herzog utiliza o mesmo argumento apresentado no caso Araguaia, segundo Beatriz Affonso, diretora do Centro pela Justiça e o Direito Internacional, entrevistada pela Folha de S. Paulo. Em 2010, a CIDH também condenou o Brasil por causa dos mortos na Guerrilha do Araguaia, no final da década de 1960 e início dos anos 1970.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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