Um operador de câmera que relatou receber ameaças de morte foi morto no oeste de Honduras em 23 de outubro.
Carlos Oveniel Lara, cinegrafista de 23 anos para o Canal 12 Telemaya em Copán, foi baleado por volta das 6h da manhã, depois de sair para o trabalho, de acordo com El Tiempo.
As testemunhas relataram ter visto anteriormente o carro que levava o autor do crime no bairro, de acordo com El Páis de Honduras. Alguns relatos dizem que o atirador pegou o celular do jornalista.
O diretor de notícias do trabalho de Lara, Carlos Chinchilla, disse que "há alguns meses", o jornalista informou ter recebido ameaças de morte de um homem que ele não identificou, de acordo com EFE.
Lara, operador e cameraman na estação, relatou ameaças contra sua vida às agências de segurança do Estado, de acordo com a organização de liberdade de expressão hondurenha C-Libre. A organização acrescentou que ele era bem conhecido na área.
Conforme observado por C-Libre, "Honduras é considerado um dos países mais perigosos do mundo para a liberdade de expressão e para comunicadores sociais e jornalistas".
Setenta e três jornalistas, incluindo proprietários e trabalhadores de mídia, morreram em Honduras desde 2003, informou a TeleSUR.
Osmin Antonio España Chávez, apresentador e produtor do programa de sátira política El Show del Principe, foi morto em 4 de outubro. O Escritório do Relator Especial da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos condenou o assassinato e convocou autoridades para investigar se o crime estava relacionado à atividade jornalística e à liberdade de expressão.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.