Por Ingrid Bachmann
A violência do narcotráfico contra a imprensa mexicana chegou a tal ponto que uma empresa está vendendo coletes à prova de balas no México para proteger os repórteres, informou o Clarín.
A empresa colombiana Miguel Caballero, que exporta produtos para mais de vinte países, produz um tipo de colete semelhante ao usado por fotógrafos, repleto de bolsos e capaz de reter balas de diferentes calibres, acrescenta a EFE.
A violência no México já causou a morte de dez jornalistas este ano. No estado de Chihuahua, um protocolo de segurança recomenda que repórteres cobrindo eventos violentos usem coletes à prova de balas.
No entanto, o gerente de vendas da empresa colombiana no México disse à EFE que os jornalistas se opõem ao uso do colete, e de fato as vendas do produto não têm aumentado.
O México se tornou um dos países mais perigosos para o exercício do jornalismo. De acordo com La Prensa, os funcionários do consulado de Honduras no México recomendam que a imprensa hondurenha não envie repórteres para cobrir o massacre de 72 imigrantes que ocorreu no estado de Tamaulipas.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.