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Coletivo armado pró-Chávez responsabiliza Globovisión por atos de violência contra seus membros

No último domingo, 11 de março, o coletivo La Piedrita fez uma manifestação na entrada da emissora Globovisión, crítica ao governo de Hugo Chávez, para exigir a investigação das mortes de dois de seus militantes em um conflito armado ocorrido em um bairro de Caracas no sábado, informou o jornal El Universo.

Em meio a gritos de "Viva Chávez!", o grupo foi para a porta do canal de TV com carros fúnebres onde supostamente estavam os corpos dos dois integrantes mortos, de acordo com o site La Patilla. Segundo os manifestantes, a Globovisión é diretamente responsável pelos homicídios por financiar “grupos paramilitares" para criar uma “campanha de medo e desestabilização” da qual faz parte retratar o bairro 23 de Enero em guerra, noticiou o site Panorama.

O porta-voz do coletivo afirmou que a manifestação não tinha intenção de agredir os trabalhadores, mas de exercer o direito de réplica, e lembrou que a emissora "tem data de vencimento no próximo mês de março", segundo o Noticiero Digital.

No dia anterior, 10 de março, o grupo Secretariado Revolucionário da Venezuela destacou em um comunicado que a Globovisión era responsável por criar "violência a nível midiático" ao "magnificar" os atos de violência ocorridos no bairro 23 de Enero, informou a rede International Freedom of Expression Exchange (IFEX). Este coletivo também acusou o jornal "Últimas Notícias" de ser parte de uma "campanha midiática terrorista".

A Globovisión mantém uma conflituosa relação com o governo e seus partidários e enfrenta vários processos judiciais que podem levar à extinção do canal. O presidente Chávez frequentemente se coloca contra a TV e já advertiu o canal a mudar de linha editorial.

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