A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) comemorou a reforma que ampliou o prazo para a prescrição de crimes contra jornalistas na Colômbia. A SIP considerou a mudança um avanço na luta contra a impunidade, informaram o Vanguardia e o Terra.
A alteração, aprovada pelo governo em 29 de dezembro de 2010, aumenta de 20 para 30 anos o prazo para a prescrição de crimes violentos, como sequestro, tortura e assassinato, contra defensores dos direitos humanos e jornalistas.
"O Congresso e o governo da Colômbia estão dando passos importantes na luta pela liberdade de imprensa", disse Juan Francisco Ealy, que trabalha para o jornal mexicano El Universal e preside a Comissão Contra a Impunidade da SIP, em comunicado reproduzido pela agência EFE. “Esperamos que essa mudança possa ser replicada em países como México e Honduras, onde os crimes contra jornalistas e a impunidade são o maior problema enfrentado pela imprensa".
Em julho de 2010, o Ministério Público Federal da Colômbia considerou crime contra a humanidade o assassinato do jornalista Guillermo Cano, baleado em 1986 por integrantes do cartel de Medellín. Essa classificação do crime aumentou o prazo de prescrição e deu luz verde para a continuação das investigações sobre o caso.
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Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.