O Ministério Público Federal da Colômbia anunciou que não continuará a investigar a morte de dois jornalistas do El Espectador, assassinados há 20 anos no exercício da profissão, informou o El Tiempo.
Isso porque os quatro responsáveis pelo crime, guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional da Colômbia (ELN), estariam mortos, informou a agência de notícias AP. Os assassinos de Julio Daniel Chaparro e Jorge Enrique Torres, repórter e fotógrafo do jornal El Espectador, respectivamente, teriam morrido em confrontos com as forças públicas - três deles em 2000 e outro em 2002, acrescentou a AP.
Fidel Cano, diretor do El Espectador, lamentou que os crimes "fiquem impunes". "O problema não é de tempo, porque 20 anos são suficientes para investigar; o problema é a ineficiência da Justiça colombiana”.
No dia 7 de abril de 2011, a Fundação para a Liberdade de Imprensa (FLIP, na sigla em espanhol) alertou que, além da morte de Chaparro e Torres, outros quatro assassinatos de jornalistas ocorridos há 20 anos correm o risco de ficar impunes se os casos não forem reabertos.
A organização Repórteres Sem Fronteiras pediu à promotoria que declare os seis assassinatos “imprescritíveis” e advertiu que a falta de ação nos casos "poderia comprometer a responsabilidade internacional do Estado", segundo informou o Semana.com.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.