O prédio do jornal La Tribuna, de Honduras, foi atacado a tiros na madrugada da segunda-feira 5 de dezembro, segundo a C-Libre. Um segurança ficou ferido, acrescentou o Prensa Libre. O estado de saúde dele é estável.
No dia do ataque, o La Tribuna havia publicado denúncias de ameaças por parte de policiais a promotores que investigam o assassinato de universitários.
No fim de novembro, executivos de diversos veículos de Honduras se reuniram com o presidente Porfirio Lobo, para exigir proteção para os jornalistas, após a publicação de um editorial pelo La Tribuna sobre ameaças e ataques sofridos por seus repórteres.
O Colegio de Periodistas de Honduras condenou o mais recente ataque ao jornal.
O comissário de direitos humanos de Honduras, Ramón Custodio, denunciou haver “um ‘aparato controlado de poder’ que busca aterrorizar os jornalistas e todos os que defendemos a liberdade de expressão e lutamos contra a corrupção e a impunidade no país”, informou o La Tribuna.
Em maio de 2011, o gerente do La Tribuna recebeu quatro tiros em um atentado, mas sobreviveu. Há três anos, um chefe de polícia foi acusado de atirar contra as instalações do jornal, mas sofreu apenas medidas cautelares, informou o Prensa Gráfica.
Honduras é o segundo país mais perigoso das Américas para o exercício do jornalismo. Desde 2009, 16 jornalistas foram assassinados no país.
