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Entrevista: Jornalista guatemalteca cria mapa interativo de assassinatos em cidade de Guatemala

Ao concluir um ano como bolsista Nieman na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, a jornalista guatemalteca Claudia Méndez Arriaza criou o mapa interativo "Uma vida é uma vida", para registrar os homicídios na cidade de Guatemala. O trabalho inclui nome e sobrenome das vítimas de morte violenta no município, um dos 10 mais violentos do mundo, com uma taxa de 106 homicídios para cada 100 mil habitantes em 2011. Méndez se inspirou na organização jornalística HomicideWatch, que busca destacar os homicídios na capital americana, Washington, assim como nas conferências do Simpósio Internacional de Jornalismo Online (ISOJ), organizado anualmente pelo entro Knight para o Jornalismo nas Américas.

A seguir, leia uma entrevista do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas com Claudia Méndez sobre a criação do mapa interativo, em parceria com uma designer e um programador.

Qual é o objetivo da criação de um site dedicado aos homicídios na cidade da Guatemala?
O objetivo é propor um modelo de cobertura que permite aos meios de comunicação registrar casa vítima de homicídio na cidade. É uma forma de mostrar que cada pessoas que morre de maneira violenta importa. O desafio, além disso, é criar um espaço no qual o cidadão pode falar dessa violência que afeta seu bairro ou a região onde trabalha ou pela qual transita diariamente, baseados em fatos concretos, cifras reies, que permitem uma análise mais aprofundada.

Como planeja atualizar o mapa?
Em sua atual fase piloto, o mapa tem sido atualizado a cada dez dias aproximadamente. Espero que a atualização possa ser feita semanalmente. Não apenas das cifras, mas da análise dessas estatísticas e oportunamente de histórias que nos o levantamento semanal nos revelar

Que conselhos te deram os criadores do HomicideWatch?
Conversamos sobre como o site se transformou de blog do WordPress para um espaço que hoje combina blog, base de dados e mapeamento. E conversamos sobre quão essencial, básico e importante é o trabalho em equipo entre programador e jornalista, quão fundamental é que a comunicação seja clara e que ambos estéjam no mesmo canal ao conversar e acreditar no projeto.

Que recursos são necessários para a continuidade do projeto e qu resposta tem recebido dos meios para os quais trabalha?
O elPeriódico se entusiasmou muito com uma apresentação preliminar e o Canal Antigua, por meio de Paola Hurtado, concedeu um espaço para a divulgação de "Uma vida é uma vida". O desafio, no médio prazo, é desenvolver o site de tal manera que o veículo que o adotar conte não com um processo definido e estruturado que o faça funcionar.

Como o período em Harvard a ajudou a planejar e colocar o projeto em prática?
Em Harvard, a cada dia tinha contato com novas idéias, propostas diferentes, em suma: animada a pensar de maneira distinta, a lançar propostas, a não temer experimentar idéias novas.

Qual foi a descoberta mais surpreendente da reunião de tais informações sobre os homicídios em Guatemala?
Derrubar mitos com a certeza dos dados: zonas que usualmente são consideradas violentas na verdade sofrem com ela apenas em áreas específicas. Observar, por exemplo, que às vezes se atribui a violência em distritos, quando são "ondas" geográficas que cortam transversalmente o mapa. Estou surpresa com o fenômeno de feridos da violência, são muitas pessoas feridas nos ataques.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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