No Chile, um jornalista foi julgado por encobrir violações dos direitos humanos em 1975, informou o Emol. O ex-chefe de jornalismo da Televisión Nacional do Chile (TVN), Carlos Araya Silva, pagou fiança e está em liberdade, informou a rádio Cooperativa.
Segundo o El Mostrador, o jornalista ajudou a impedir que a imprensa noticiasse a execução de quatro militantes do Movimento da Esquerda Revolucionária (MIR) e do Partido Comunista (PC).
Os assassinatos ocorreram em 19 de novembro de 1975, durante a ditadura militar de Augusto Pinochet. Os militantes foram levados ao centro de detenção e tortura de Villa Grimaldi por agentes da Direção de Inteligência Nacional (DINA), explicou o La Nación. Eles foram torturados e interrogados antes de serem executados.
Araya ajudou a encobrir o caso em colaboração com os agentes da DINA, alegando que os militantes haviam morrido em um confronto com os agentes, acrescentou a Radio Universidad de Chile.
De acordo com a decisão, a imprensa da época divulgou uma “montagem (...) destinada a ocultar os fatos, torturas e mortes de vítimas", informou o La Hora.