O jornalista chileno Daniel Matamala foi selecionado como um dos vencedores do Prêmio Maria Moors Cabot 2022, na Escola de Jornalismo da Universidade de Columbia, em Nova York. Este perfil repassa sua trajetória jornalística, as mudanças nos últimos anos no contexto chileno e o significado deste reconhecimento.
Em uma época de desafios crescentes para os jornalistas em todo o mundo, a coragem e a inovação desses jornalistas são um farol de luz. A jornalista mexicana e cofundadora do Reporteras en Guardia Laura Castellanos e o jornalista investigativo e escritor chileno Daniel Matamala estão entre os ganhadores do Prêmio Maria Moors Cabot 2022.
A jornalista chilena Francisca Sandoval morreu dias depois de ser baleada na cabeça enquanto cobria as violentas marchas em 1º de maio, Dia do Trabalhador, no país. O Ministério Público chileno prendeu três suspeitos e também anunciou que foi aberta uma investigação sobre a força policial.
Uma argentina, uma chilena e um brasileiro compartilham os desafios que enfrentaram ao cobrir o conflito na linha de frente do país do Leste Europeu. Um ambiente perigoso não é o único obstáculo e desafio para os jornalistas na Ucrânia. A logística de cobertura também tem sido complexa.
A LatAm Journalism Review conversou com cinco jornalistas da região que sofreram algum tipo de violência física na cobertura de protestos recentes em Chile, Bolívia, Peru, Brasil e Colômbia e mostra a vulnerabilidade de profissionais de imprensa diante de manifestantes de diferentes correntes políticas e também das forças de segurança.
A mais recente edição do Índice Chapultepec de Liberdade de Imprensa e de Expressão nas Américas, da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol), registrou uma melhoria de 4,2 pontos na média dos 22 países avaliados no continente. O panorama geral mais positivo vem com resultados ruins de três dos maiores países da região, Argentina, México e Brasil, que foram os que perderam mais pontos no ranking.
Nos últimos anos tem ocorrido uma primavera de meios feministas na América Latina, muitos começando com o MeToo (Estados Unidos, 2017) ou Ni una menos (Argentina, 2015), que buscam reivindicar questões relacionadas a mulheres, mulheres trans e a comunidade LGBTQ+ nos conteúdos da imprensa e na discussão pública.
Globalmente, a confiança nas notícias cresceu 6 pontos percentuais e atingiu 44%, segundo o Digital News Report 2021, do Instituto Reuters. Nos seis países da América Latina investigados, no entanto, a confiança geral nas notícias é menor e atinge uma média de 40,5%. Na região, a confiança é menor na Argentina e no Chile (36%) e maior no Brasil (54%).
A plataforma de pagamento Reveniu, que o jornalista chileno Miguel Paz idealizou para facilitar as doações e contribuições monetárias para start-ups e mídia independente, está operando publicamente há um ano em maio deste ano.
Com as normas de distanciamento social, o controle sobre quem faz perguntas aumentou na América Latina e no Caribe – isso quando as perguntas chegam a ser feitas.