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Jornalista e dissidente cubano era, na verdade, agente do governo, diz TV oficial

Segundo a TV oficial cubana Cubavisión, o jornalista independente Carlos Serpa, que durante anos fez oposição aos irmãos Castro, era, na verdade, um agente do governo infiltrado entre os dissidentes, explicou a agência de notícias DPA.

Carlos Serpa, que frequentemente colaborava com a rádio financiada pelo governo americano Radio Martí e era próximo do grupo de familiares de presos políticos “Damas de Branco”, foi identificado como o “agente Emilio” no documentário “Peões do Império”, transmitido pela Cubavisión, explicou a agência Reuters.

O documentário se refere aos dissidentes cubanos como “mercenários” e diz que muitos são capazes de “vender a alma ao diabo”. “Sou um dissidente fabricado. Meu caso é um exemplo de como é possível fazer o exterior acreditar que aqui existe uma ‘grande’ oposição e uma proliferação de grupos ‘anticastristas’”, disse Serpa em entrevista publicada pelo diário Juventud Rebelde.

Serpa afirmou ainda ter “fabricado” notícias e acusou a rádio Martí de “não confirmar nada”. Também foi revelada a identidade de outro agente infiltrado entre os dissidentes, Moisés Rodríguez, acrescentou a Radio Martí.

A revelação é feita num momento em que o governo cumpre um acordo para a libertação dos presos políticos.

Veja dois vídeos sobre o documentário no site Razones de Cuba, do governo cubano.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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