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Jornalista mexicana que denunciou corrupção teme por sua vida se for deportada do Canadá, onde vive atualmente

Uma repórter mexicana que atualmente vive no Canadá luta para não ser deportada. Ela acredita que sua volta ao México equivale a uma sentença de morte, inclusive para sua família, informaram as agências Associated Press e Canadian Press. Karla Berenice García Ramírez, que denunciou corrupção no ministério da Cultura de seu país, pediu asilo no Canadá em 2008, mas sua solicitação foi negada em 2010 e uma ordem de deportação foi emitida em novembro de 2011, explicou o jornal Vancouver Sun.

García, que começou a receber ameaças de morte em 2003, por causa de seu trabalho, disse que as tentativas de intimidação aumentaram após a publicação de um livro sobre corrupção no governo, O talento dos charlatões, em outubro de 2010, acrescentou o Globe and Mail.

premiada jornalistas, que assina como Karla Lottini, disse se sentir agredida pelo fato de o governo do Canadá considera o México um lugar seguro, segundo o Vancouver Observer.

"Tema pela minha vida e pela de meus familiares, incluindo meus dois filhos canadenses", disse Ramirez, em declaração à imprensa. "Estou aqui para dizer que, caso algo aconteça comigo ou com a minha família, e por causa do que escrevi e das pessoas que cito no libro".

México é hoje considerado o país mais perigoso do mundo para a prática do jornalismo. Uma delegação internacional de escritores associados à organização PEN se reuniu na Cidade de México no último fim de semana para protestar contra os ataques a jornalistas.

Mais de 70 profissionais de comunicação foram assassinados no México desde 2000. Veja o mapa o Centro Knight sobre a violência contra a imprensa no México.

Em agosto de 2011, Alejandro Hernández Pacheco, cinegrafista da Televisa, foi o segundo jornalista mexicano a receber asilo nos Estados Unidos desde o início da guerra contra o narcotráfico no México.

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