Enquanto a morte violenta do editor David Niño de Guzmán não é esclarecida, jornalistas bolivianos se unem para reivindicar melhores condições de trabalho e pedir um seguro de vida, informou a agência AFP.
O corpo de Guzmán foi encontrado em um terreno baldio em La Paz, no dia 21 de abril. Ele tinha ferimentos no estômago, provocados por uma explosão com dinamite. Para as associações de jornalistas da Bolívia, o seguro de vida certamente não impedirá a morte de outros profissionais, mas poderia dar uma proteção financeira às vítimas e suas famílias.
"Nós jornalistas precisamos de um seguro de vida, trata-se de uma profissão de risco", afirmou o presidente do Sindicato de Profissionais da Imprensa de La Paz, Boris Quisberth.
O governo boliviano garantiu estar avançando na elaboração de disposições para favorecer os jornalistas, que poderão ser divulgadas em maio, informou a FMBolivia.
Os baixos salários, a carga de trabalho puxada (mais de 10 ou 12 horas por dia), a falta de seguro de vida, de plano de saúde e de aposentadoria, as demissões e as agressões são temas em avaliação, disse o ministro da Comunicação da Bolívia, Iván Canelas.
Em 2008, os jornalistas Carlos Quispe e Carlos Colque foram assassinados por militantes a favor do governo enquanto trabalhavam.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.