Por Ingrid Bachmann
As vozes femininas raramente aparecem como fontes ou jornalistas nos meios de comunicação guatemaltecos. Em entrevista para o Cerigua, Alva Batres, coordenadora da Secretaria Presidencial da Mulher (SEPREM) no departamento de Izabal, declarou que os meios de comunicação no país recorrem às mulheres somente para campanhas publicitárias e de marketing.
Essa marginalização está relacionada a um problema mais amplo. A América Central tem um dos níveis de violência contra a mulher mais altos do mundo. Na Guatemala em particular, a incidência de assassinatos contra mulheres por razão do sexo feminino (femicídio) foi 30 vezes maior em 2009 do que no ano anterior. O país ocupa a 103ª posição (de 155) no índice de desenvolvimento relacionado ao género da ONU.
Na entrevista, Batres disse que a cultura machista pode ser vista na gestão, administração e acesso aos meios de comunicação.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.