Por Liliana Honorato
A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) considerou o bloqueio à circulação de jornais na Argentina uma “transgressão da liberdade de imprensa”. “As restrições à circulação dos veículos e à divulgação de suas mensagens violam o direito às liberdades de expressão e de imprensa”, destacou a SIP.
A SIP fez referência à paralisação que membros do Sindicato de Vendedores de Diários (Sivendia) e da Sociedade de Distribuição de Diários, Revistas e Afins (SDDRA) decretaram no fim de semana dos dias 18 e 19 de agosto, para reivindicar uma participação maior na venda de cada exemplar. A paralisação impediu a circulação de diários na Argentina, incluindo os de maior circulação no país, Clarín e La Nación, acrescentou o Voz de América.
Enquanto isso, a Associação de Entidades Jornalísticas Argentinas (ADEPA) condenou uma nova agressão denunciada pelo jornalista Silvio Novelino, diretor da publicação mensual El Pepirí, da cidade de Bernardo de Irigoyen, na província de Misiones.
Segundo o Fórum de Jornalismo Argentino (FOPEA), um coquetel molotov foi foi lançado contra o carro do jornalista, dormia em casa com a família, na madrugada de 20 de agosto. O profissional havia feito uma série de denúncias contra o Conselho Deliberativo por corrupção e contrabando e havia recebido várias ameaças de morte antes do atentado, acrescentaram o TN e o Misiones Online.
O caso se soma a outros tantos de ataques e ameaças contra jornalistas na Argentina - a maior parte deles cometida por funcionários públicos. "As autoridades devem atuar de maneira decisiva para frear essa conduta criminosa e julgar os responsáveis", disse Carlos Lauría, coordenador sênior do programa das Américas do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ).
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.