Após a agressão a uma fotógrafa colombiana por um agente da Polícia Nacional , no dia 23 de outubro, várias organizações jornalísticas fizeram um alertas às autoridades, exigindo a investigação dos casos e sanções para quem agride jornalistas.
Ana María García, repórter fotográfica do diário El Tiempo, cobria um acidente de trânsito quando foi agredida por um policial, que a derrubou e a imobilizou sem motivo aparente. A agressão foi fotografada e filmada. O comandante da Polícia de Bogotá pediu desculpas pelo ataque.
No entanto, a Fundação para a Liberdade de Imprensa (FLIP) fez um alerta ao recordar que esse foi apenas o mais recente caso de agressão contra jornalistas nas últimas semanas envolvendo agentes da polícia, informou em seu site oficial.
No dia 12 de outubro, cinco jornalistas foram agredidos por policiais e um outro foi preso arbitrariamente durante as mobilizações da “Semana Nacional da Indignação” , em Bogotá. Além disso, em Bucaramanga, o jornalista Jhonathan Ardila teve o material de trabalho confiscado por policiais ao cobrir protestos contra o sistema de transporte, no dia 28 de setembro.
Segundo a FLIP, esses casos reforçam os resultados de uma pesquisa realizada pelo Proyecto Antonio Nariño com mais de 600 jornalistas colombianos, que apontaram as restrições por parte de autoridades e as agressões por policiais como os maiores temores dos jornalistas.
“A FLIP espera que a Polícia investigue e puna os responsáveis. Espera ainda que o Ministério da Defesa e a Polícia Nacional tomem as medidas de formação necessárias para evitar que casos semelhantes aconteçam no futuro”, destacou a organização.
A Repórteres Sem Fronteiras também pediu à Polícia Nacional que sancione os responsáveis, pois, em todos os casos, a imprensa fez denúncias. “O Estado tem a obrigação de garantir a liberdade de imprensa e a proteção dos jornalistas".
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.
