Por Gabriela García e Teresa Mioli
À medida que os meios de comunicação tradicionais faziam a transição para o digital, as redes sociais se tornavam importantes para manter relacionamentos e formar novos com os leitores.
Nas últimas listas informais do Centro Knight, analisamos o número de seguidores no Twitter, no Instagram e no Facebook dos maiores jornais da América Latina e conversamos com alguns dos responsáveis pela gestão de redes sociais dessas publicações sobre suas estratégias.
Liderando com 6,8 milhões de seguidores no Twitter, o jornal brasileiro Folha de S. Paulo tem mais seguidores nesta rede social do que qualquer outro jornal na lista.
O El Tiempo da Colômbia ficou em segundo lugar na nossa lista de jornais com o maior número de seguidores no Twitter, com 6,68 milhões.
“Em relação ao que nos motiva a interagir ou criar uma conexão com o público, sempre adotamos a filosofia de que não basta ter uma comunidade muito grande se ela estiver morta, se não estiver ativa e não falar com a sua marca”, disse Laura Urrego, editora de redes sociais do El Tiempo, ao Centro Knight.
Eles procuram embaixadores da marca, para obter insights, idéias e outros comentários deles, "para conhecer suas preocupações, dúvidas", como ela explicou.
Em termos de Facebook, o Clarín da Argentina está em primeiro lugar nessa plataforma, com mais de 6,4 milhões de seguidores.
O perfil de seu leitor no Facebook “é uma pessoa que quer se informar, que quer seguir a agenda do dia, mas quer saber sobre isso em uma linguagem não tão estruturada. E eles querem se entreter, ver vídeos e se divertir e se informar”, disse Fernanda Brovia, gerente de redes sociais do Clarín, ao Centro Knight.
A linguagem é mais simples, disse ela, porque a equipe pensa em como o conteúdo está sendo consumido pelo telefone celular, "em qualquer lugar do mundo, em qualquer lugar da cidade".
O jornal brasileiro O Globo ocupa o segundo lugar entre os seguidores no Facebook e no Instagram. Além disso, está em quarto lugar no Twitter.
"Sempre ficamos de olho no que está movendo as redes sociais e procuramos participar das conversas como uma forma de atrair novos seguidores", disse Sergio Maggi, editor de redes sociais d’O Globo, ao Centro Knight. “Apostamos fortemente em vídeos, que além de trazer novos seguidores, agora monetizamos no Twitter e no Facebook. Também estamos usando os grupos do Facebook como forma de conquistar mais fãs.”
Para o Instagram, a equipe de O Globo se concentra no aprimoramento da marca. Eles estão testando essa estratégia, por exemplo, publicando com frases de políticos ou personalidades, ou realizando campanhas e pedindo aos leitores que compartilhem fotos, explicou Maggi.
"Também apostamos fortemente nos Stories, buscando criar novas maneiras de contar as notícias", disse ele. "Os Stories permitem que você publique URLs, mas o retorno ainda é muito pequeno."
Para o El Nacional da Venezuela, que tem o maior número de seguidores no Instagram de qualquer jornal latino-americano, as redes sociais e seu site são especialmente importantes, pois o jornal foi forçado a interromper sua publicação impressa em dezembro de 2018 devido à falta de papel de jornal. Além disso, o site do jornal também é bloqueado às vezes.
“Tentamos manter as informações através de nossas redes sociais, apesar dos bloqueios às vezes enfrentados nas redes (Instagram, Facebook, Twitter)”, disse Sofía Vélez, gerente de redes sociais do El Nacional, ao Centro Knight.
A publicação tem de longe o maior número de tuítes de qualquer jornal da lista, com 6,81 milhões de posts.
Nosso ranking informal completo está abaixo.