Por Diego Cruz
A Fundação para a Liberdade de Imprensa (FLIP, na sigla em espanhol) publicou em 11 de fevereiro seu relatório anual sobre a situação da liberdade de imprensa na Colõmbia durante 2013. O documento, intitulado “Protestos: Sem garantias para cobrir”, destaca que houve um total de 123 agressões diretas contra a imprensa.
O número é menor que as 158 agressões registradas no ano passado. Contudo, em 2013 dois jornalistas foram mortos: Edison Molina e José Darío Arenas.
No caso de Molina, que criticava o poder local de sua região, as autoridades foram alertadas do risco antes do assassinato, mas não tomaram medidas de proteção adequadas. No caso de Arenas, o relatório menciona que sua morte pode estar relacionada a denúncias de “irregularidades” no Instituto Nacional Penitenciário e Carcerário (INPEC).
O tipo de agressão mais comumente registrado pela FLIP foi o de ameaça, com 75 jornalistas alvos de intimidações por causa da sua profissão. Outra fonte de agressões foram os protestos sociais que ocorreram em várias regiões do país em junho, julho e agosto de 2013 e resultaram em 44 ataques a jornalistas.
Em matéria de justiça, o relatório nota um retrocesso. No caso de Orlando Sierra, que foi assassinado em 2002, foram absolvidos os processados que incluíam o ex-dirigente político Ferney Tapasco, entre outros. Isso contribuiu para que a Colômbia ocupasse o quinto lugar mundial de impunidade em agressões contra a mídia.
Em 9 de fevereiro, Dia do Jornalista na Colômbia, o representante da FLIP, Pedro Baca, disse que desde 1977 haviam sido assassinados 142 jornalistas no país, segundo a Caracol Radio.
Além disso, mencionou que só 19 dos casos foram punidos, e apenas com relação a seus autores materiais. O caso de Orlando Sierra teria sido o primeiro no qual um autor intelectual foi condeando, informou Semana.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.