Por Liliana Honorato
Duas rádios foram atacadas com dinamite em Colquiri, Bolívia, lugar onde existem graves conflitos mineiros e protestos, deixando 23 pessoas feridas e forçando as rádios a suspender seus programas na noite de 14 de junho, informou a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) nesta terça, 19 de junho, exigindo que se esclareça imediatamente a origem dos atentados.
As rádios atacadas em Colquiri foram a Vanguardia, propriedade dos trabalhadores da Corporação Mineira da Bolívia (Comibol), e a Cumbre, que pertence aos mineradores ‘cooperativistas’, que “reclamam a exploração de jazidas de estanho, zinco e outros metais atualmente operados por Sinchy Wayra, filial da suíça Glencore”, informou a agência de notícias EFE. Segundo a AFP, o ataque ocorreu porque as emissoras “informavam mal”.
A RSF observou que outros protestos colocaram em risco jornalistas bolivianos. Contudo, a organização defensora da liberdade de imprensa expressou satisfação pela aprovação, em 10 de maio, do projeto de Lei de Seguro de Vida para os trabalhadores da imprensa. O projeto foi iniciado pela Federação de Trabalhadores da Imprensa de La Paz depois do assassinato de dois irmãos jornalistas no dia 25 de fevereiro na cidade de El Alto, acrescentou a RSF.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.
