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"Salvemos a Crítica": jornalistas dormem na redação para evitar fechamento de diário argentino

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  • 7 junho, 2010

Por Maira Magro

O jornal Crítica, de Buenos Aires, parou de circular há mais de um mês, desde que seus 190 funcionários entraram em greve no dia 29 de abril pela falta de pagamento dos salários. Temendo o fechamento do diário, jornalistas e outros trabalhadores da publicação se uniram num movimento de resistência, que inclui desde o acampamento 24 horas na redação até manifestações nas ruas (veja este vídeo) e campanhas em um blog e no Twitter.

Nesta segunda-feira, quando se comemora o Dia do Jornalista no país, eles interromperam a greve para publicar e distribuir uma edição especial da Crítica, que, além das seções tradicionais de política, economia, mundo e cultura, traz matérias e artigos detalhando a luta pela publicação do jornal, os conflitos com os proprietários, anúncios e manifestações de apoio de artistas, acadêmicos, políticos e sindicatos, e um comunicado criticando o principal acionista do veículo, o empresário espanhol Antonio Mata (veja aqui a edição especial, em formato PDF). A capa traz a foto de uma manifestação dos jornalistas em frente à Casa Rosada, sede do governo argentino, com a manchete: “Para que 190 famílias não fiquem na rua”. Na chamada, um apelo: “O fechamento de um jornal seria uma má notícia para todos”.

As redações dos principais veículos da Argentina se uniram aos colegas da Crítica, com sessões de aplauso e declarações contra o fechamento da publicação. Veja neste vídeo jornalistas de mais de dez redações batendo palmas, de pé, para o movimento da Crítica, e neste outro vídeo uma manifestação de apoio dos repórteres e editores do Clarín, maior jornal do país.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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