O suspeito de matar, em março de 2014, a jornalista grávida Adriana Urquiola está de volta à Venezuela depois de ter escapado para a Colômbia.
Autoridades colombianas entregaram Yonny Bolívar à Venezuela em 18 de junho, depois dele ter sido capturado pela Interpol e pela polícia de Barranquilla, Colômbia, em 11 de junho.
De acordo com a AFP, o presidente venezuelano Nicolás Maduro se manifestou sobre Bolívar durante uma transmissão em cadeia nacional de rádio e televisão: “nós o procuramos, nós o capturamos e ele vai ser mantido preso de forma segura aqui.”
Autoridades disseram que ele esteve se escondendo na Colômbia por meses usando identidades falsas.
Em maio, o porta-voz venezuelano Tarek William Saab pediu à Interpol para continuar as buscas por Bolívar, segundo a Venevision.
Bolívar já havia sido sentenciado a 22 anos de prisão por sequestro e roubo de um título militar, mas foi solto em 2005.
Urquiola tinha 28 e estava grávida de sete meses quando foi levou um tiro na cabeça depois de descer de um ônibus, segundo o Noticiero Venevision. Um homem armado tinha disparado contra uma multidão de manifestantes num bloqueio de estrada.
Ela era intérprete de linguagem gestual para um programa de notícias na emissora Venevision.
"Para ela, a língua de sinais envolvia aprendizado constante, o que fez dela uma excelente intérprete reconhecida pela comunidade a qual se dirigia a cada dia," informou Noticiero Venevision sobre sua morte.
Ela foi uma das 43 pessoas que morreram durante os protestos anti-governo que ocorreram entre fevereiro e junho de 2014, segundo a EFE.
Os apoiadores e os críticos do governo entraram em confronto durante as manifestações que assolam o país há meses.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog Jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.