Duas agências brasileiras de fact-checking e seus colaboradores têm sido alvo de ataques virtuais devido a uma recém-lançada parceria com o Facebook contra a disseminação de notícias falsas. Os ataques pessoais aos jornalistas e as críticas à idoneidade das agências têm partido de grupos de direita, que os acusam de tentativa de censura e de atuarem com um viés ideológico de esquerda, conforme reportagem do BuzzFeed News.
O projeto #UmaPorUma, lançado no fim de abril, está se dedicando a contar as histórias de cada mulher assassinada no estado de Pernambuco desde o início do ano.
Em 2017, o Estado de Pernambuco, no Nordeste do Brasil, foi o terceiro com mais registros de crimes violentos no país. No Estado com 9 milhões de habitantes, 5.427 pessoas foram assassinadas no ano passado, maior número em 14 anos, segundo levantamento realizado pelo portal G1.
O clamor por justiça para os jornalistas do México não vai cessar, apesar dos anos de violência e impunidade que assolam a profissão no país latino-americano. Para marcar o aniversário de um ano do assassinato do repórter Javier Valdez, em Sinaloa, colegas e amigos realizaram um Dia Nacional de Protesto nas mídias sociais e pessoalmente, pedindo que os assassinos sejam levados à Justiça e o fim da violência contra os jornalistas que expõem coisas que muitos prefeririam que fossem mantidas em segredo.
O Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ) publicou recentemente um guia contemporâneo sobre os princípios éticos que devem reger o jornalismo de hoje, considerando o contexto da era da mídia digital.
O jornalista mexicano Juan Carlos Huerta foi morto em Tabasco na manhã de 15 de maio, no que parece ter sido um assassinato por encomenda. Sua morte ocorre no aniversário de um ano do assassinato do jornalista Javier Valdez, salientando a grave violência enfrentada pela imprensa mexicana.
Uma declaração de jornalistas independentes da Nicarágua condenando a violência letal contra manifestantes e ataques à imprensa e pedindo o respeito do governo à liberdade de imprensa, reuniu assinaturas de 35 meios de comunicação, quatro organizações da sociedade civil e 87 jornalistas até o momento.
Dois suspeitos do assassinato do jornalista nicaraguense Ángel Gahona foram presos em 8 de maio, após uma audiência inicial perante um juiz distrital em Manágua, capital do país, informou o La Prensa. No entanto, a família do jornalista, bem como os detidos e outras organizações da sociedade civil, estão protestando contra a acusação feita pelo Ministério Público, dizendo que é uma estratégia das autoridades para evitar acusar os verdadeiros perpetradores.
O jornalista salvadorenho Manuel Durán Ortega (42), que foi preso há um mês enquanto cobria um protesto contra as políticas de imigração nos EUA, pode ser deportado a qualquer momento, informou a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF, por sua sigla em francês).
No Brasil em 2017 houve pelo menos 27 graves violações contra comunicadores, segundo relatório lançado em 3 de maio pelo capítulo brasileiro da organização internacional Artigo 19, que se dedica à defesa da liberdade de expressão. As informações compiladas pela ONG anualmente desde 2012 apontam tendências que se mantêm no país: políticos são os principais suspeitos de encomendar ou realizar violações; cidades pequenas, com até 100 mil habitantes, são o principal cenário dos casos; e radialistas e blogue
A equipe de filmagem por trás do mais recente documentário sobre violência contra jornalistas no México passou três anos (2015-2017) trabalhando no projeto. Estes três anos foram os mais sangrentos para a imprensa do país, dizem eles.
Como todos os anos desde 1993, quando a UNESCO proclamou o dia 3 de maio como o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, jornalistas e defensores da liberdade de expressão na América Latina e em todo o mundo se reuniram em conferências e discutiram online a importância da liberdade de imprensa e das ameaças que ela enfrenta.