Jornalistas brasileiros viveram anos de violência, perseguição e exaustão sob o presidente Jair Bolsonaro, derrotado em sua tentativa de reeleição. Amplificado pela pandemia, o ambiente de pressão gerou avanços, mas também expôs contradições.
O especial "No fue el fuego", ganhador do Prêmio Gabo 2022 em Cobertura, consegue uma convergência harmoniosa de diferentes formatos em uma investigação transmídia do incêndio no qual 41 meninas perderam suas vidas na Guatemala.
A jornalista guatemalteca Michelle Mendoza, correspondente da CNN, está no exílio há seis meses após anos de perseguição e ameaças por seu trabalho jornalístico. Mesmo fora da Guatemala, ela é recebe constantemente ligações e mensagens para intimidá-la e impedi-la de retornar. Nesta entrevista, ela fala sobre sua situação e o assédio de que tem sido alvo.
Durante a pandemia, jornalistas comunitários e médicos de clínicas locais alertaram que os números oficiais não refletiam a realidade do número de casos de Covid 19 nas favelas. O Labjaca, laboratório de jornalismo de dados e informação, nasceu na pandemia na favela do Jacarezinho, Rio de Janeiro, Brasil, para informar a população de lá.
Durante o Festival da LATAM de meios digitais e jornalismo, jornalistas de Cuba, Guatemala, México e Venezuela contaram como contornam a opacidade e a hostilidade de seus governantes e concordaram que a falta de transparência e acesso à informação pode custar vidas.
Diante da recente escalada dos ataques às liberdades de imprensa e expressão em Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras e Nicarágua, profissionais destes países se uniram para fundar a Rede Centro-Americana de Jornalistas. A guatemalteca Marielos Monzón, uma das fundadoras da Rede, falou à LatAm Journalism Review (LJR) sobre os objetivos e linhas de trabalho dessa iniciativa em defesa do jornalismo e do direito cidadão à informação.
Jornalistas, comunicadores e pesquisadores criam o COLO - Coletivo de Jornalismo Infantojuvenil para organizar e fortalecer o mercado de conteúdos noticiosos voltados para crianças e adolescentes no Brasil. Atuando em conjunto, grupo quer superar o preconceito em relação ao jornalismo infantojuvenil nas próprias redações e no mercado anunciante.
Um jornalista assassinado, outro baleado e um preso e espancado pela polícia são as últimas vítimas da onda de violência contra a imprensa no Haiti, onde oito jornalistas já foram mortos neste ano. Ao mesmo tempo, a crise sociopolítica e a pobreza estão lentamente sufocando os meios de comunicação do país.
A Venezuela tem sido submetida a um desmantelamento de seu ecossistema de mídia nas últimas décadas. Durante 2022, pelo menos 95 estações de rádio foram fechadas no país, sendo o estado de Zulia o mais afetado. Estes fechamentos estão prejudicando seriamente o direito dos cidadãos de saber e as condições para o exercício do jornalismo.
Como parte do Festival Gabo 2022, que voltou à sua versão presencial este ano e estreou em sua nova sede em Bogotá, Colômbia, vários prêmios foram entregues a trabalhos jornalísticos de destaque em toda a região. Em 21 de outubro, o Prêmio Gabo 2022 de Reconhecimento à Excelência foi entregue ao escritor, jornalista, cronista e crítico mexicano Juan Villoro por sua renomada e extensa carreira.
Carlos Dada e sua equipe do El Faro têm iluminado os cantos sombrios de seu país e da região desde a fundação do veículo — a primeira iniciativa de mídia exclusivamente digital na América Latina — junto com o empreendedor Jorge Simán em 1998. Por causa disso, eles provocaram a ira de um governo cada vez mais autoritário.
Uma investigação forense e jornalística encontrou evidências de espionagem com o spyware Pegasus contra o jornalista Ricardo Raphael e um colega do Animal Político pelo Exército mexicano, uma instituição que viu seu poder crescer consideravelmente durante o governo de López Obrador.