Depois que López Obrador revelou o que o jornalista Carlos Loret de Mola supostamente ganhou em um ano, mais de 64 mil pessoas aderiram a um Twitter Space em que as ações do presidente e a crescente violência contra a imprensa no México foram condenadas. A discussão havia registrado mais de 1,5 milhão de ouvintes na segunda-feira, 14 de fevereiro.
Cada vez mais, o jornalismo latino-americano mescla dados e arte para conseguir um maior impacto das histórias e atingir públicos diferentes. No entanto, ainda é necessário que mais jornalistas se aprofundem no aspecto visual e que mais instituições apoiem as iniciativas artísticas.
Seja no México ou no Equador, como na Colômbia, Honduras ou Nicarágua, a cobertura da violência trouxe novos desafios para os jornalistas, pois o conceito tradicional de conflito armado está sendo desafiado na região. A diversidade dos grupos armados também significa ampliar a definição do termo. Não são apenas forças de segurança regulares, como exércitos ou polícia, e grupos paramilitares, como guerrilhas, mas também podem envolver traficantes de drogas, membros de gangues ou forças de segurança privada.
A Justiça venezuelana entregou a sede do tradicional jornal independente El Nacional ao deputado e ex-presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, como parte da indenização civil milionária pelo julgamento de difamação contra o jornal e seus diretores. “É o patrimônio mais importante do jornal”, disse Miguel Henrique Otero, diretor do El Nacional, à LJR.
Até agora em fevereiro, o México registrou uma tentativa de assassinato de um jornalista, dois fotojornalistas espancados e o assassinato do filho de um conhecido comunicador de Tijuana, além de agressões verbais e desqualificações de membros da imprensa pela Presidência.
Centro Knight para o Jornalismo nas Américas está oferecendo o curso "Como promover diversidade, equidade e inclusão (DEI) no jornalismo latino-americano".
Apenas três semanas após a divulgação de que dezenas de jornalistas em El Salvador foram alvo de espionagem digital, a Assembleia Legislativa do país aprovou nova legislação que cria a figura do “agente secreto digital” e permite que policiais acessem dispositivos eletrônicos e recolham dados para serem usados como provas em processos penais. Opositores à medida alegam que se trata da legalização da espionagem digital de cidadãos e que pode ser usada para perseguir jornalistas críticos ao governo.
Pelo segundo ano consecutivo, o presidente Jair Bolsonaro é o maior responsável por ataques à imprensa no Brasil, segundo levantamento anual da Federação Nacional dos Jornalistas. Para a organização, a realização de eleições nacionais estaduais em outubro, quando Bolsonaro tentará a reeleição aumenta o risco para o exercício do jornalismo no país em 2022.
Pela primeira vez desde o início da pandemia, o Simpósio Internacional de Jornalismo Online planeja voltar a Austin, mas manterá a participação online em um formato híbrido inovador. Um mês antes do início da conferência, que acontecerá de 1 a 2 de abril de 2022, o Centro Knight anunciou os oradores e alguns palestrantes.
A jornalista investigativa peruana Paola Ugaz foi absolvida em um julgamento por difamação agravada. Desde 2018, Ugaz foi processada várias vezes por difamação com base em suas investigações sobre supostos abusos sexuais e psicológicos de menores e irregularidades financeiras da congregação católica Sodalicio de Vida Cristiana.
Em 25 de janeiro de 1997, o fotojornalista José Luis Cabezas foi sequestrado, espancado, assassinado e cremado em um terreno baldio na costa atlântica. No 25º aniversário de seu crime, o Fórum Argentino de Jornalismo (FOPEA) convidou 25 jornalistas para recordá-lo com anedotas vividas com ele e reflexões sobre o que sua morte representa para o jornalismo argentino.
No primeiro mês de 2022, a América Latina assumiu a liderança como a região mais mortífera para a imprensa, registrando sete jornalistas mortos: quatro no México, dois no Haiti e um em Honduras.