Ferramentas de inteligência artificial, jogos interativos e narrativas geolocalizadas são alguns dos elementos com os quais esses 10 projetos jornalísticos propuseram soluções para uma melhor prática do jornalismo ou fizeram uma cobertura excepcional de eleições, violações de direitos humanos e mudanças climáticas, entre outros temas, este ano na América Latina.
Com jogos interativos, os meios independentes Cuestión Pública e Convoca, da Colômbia e do Peru, buscam aproximar as notícias das audiências jovens, contribuindo para a alfabetização midiática e dando uma cara lúdica para investigações complexas.
Com frequência, meios de comunicação retratam a chegada do hidrogênio verde na América Latina como a "solução mágica" para as mudanças climáticas. Mas um grupo de jornalistas está fazendo uma cobertura mais crítica do impacto da produção de hidrogênio verde na região.
A Rádio Chilango surgiu para trazer notícias sobre a Cidade do México, a imensa capital de 22 milhões de habitantes onde o jornalismo local é repleto de lacunas. Além de manter os atuais ouvintes, sua meta agora é atrair novos públicos por meio das redes sociais e outras plataformas.
A Fundação para a Liberdade de Expressão e Democracia lançou a Sala de Edição, um novo espaço virtual com o objetivo de fortalecer o jornalismo independente na Nicarágua e na América Central. Entre os apoios disponíveis estão mentorias, ajudas editoriais e orientações para criar reportagens.
In.Visibles é um meio de comunicação independente, regional e bilíngue que se concentra nas histórias negligenciadas das pessoas afetadas pelo crime organizado, destacando as vítimas que raramente estão sob os holofotes. A equipe do meio lista as características que um jornalista deve ter para cobrir esse tema na América Latina.
A JournalismAI perguntou a 105 organizações de notícias de 46 países – 16 delas em sete países latino-americanos – como a inteligência artificial (IA) está sendo usada nas redações. O relatório da pesquisa explora a disparidade global da IA e sugere colaboração para superar os desafios ao incorporar a tecnologia ao jornalismo.
O Laboratorio de Periodismo Performático é uma proposta da Revista Anfibia e da Casa Sofía que busca criar novas formas de contar histórias ao mesclar uma investigação jornalística e uma proposta artística. Cinco anos após sua criação, o projeto teve duas edições na Argentina, uma na Colômbia e outra no Chile.
Os palestrantes do webinar "IA generativa: o que os jornalistas precisam saber sobre ChatGPT e outras ferramentas" compartilharam uma lista de recursos úteis de inteligência artificial para que jornalistas possam explorar as vantagens dessa tecnologia. A LatAm Journalism Review (LJR) compartilha a lista com informações adicionais sobre cada ferramenta.
A agência brasileira de jornalismo com foco em temáticas raciais lançou o seu primeiro manual de estilo após mais de três anos de trabalho. Intitulado "Manual de Redação: O jornalismo antirracista a partir da experiência da Alma Preta," ele sintetiza a ética jornalística do veículo, desde critérios de noticiabilidade até abordagens antirracistas e recomendações estilísticas.
Com uma reportagem em vídeo baseada em reconstrução forense com fontes abertas, dois jornalistas do meio peruano IDL Reporteros desafiaram a opacidade do governo e revelaram a verdade sobre uma violenta repressão na cidade de Ayacucho que deixou 10 pessoas mortas. O trabalho recebeu o Prêmio Gabo 2023 na categoria Imagem.
Embora inicialmente vistos como uma ameaça, os jornalistas latino-americanos estão usando o ChatGPT e outras ferramentas baseadas em IA em seus processos de redação, tradução, edição, análise de dados e geração de ideias. Os resultados fornecidos pelos serviços, no entanto, podem não ser confiáveis e exigir verificação humana.