Após uma pesquisa, três jornalistas venezuelanas concluíram que a melhor maneira de ajudar o jornalismo na região amazônica da Venezuela seria por meio de uma rede que promovesse a colaboração e produzisse uma cobertura atenta tanto ao meio ambiente quanto aos direitos humanos.
A Rede para a Diversidade no Jornalismo Latino-Americano realizou sua terceira conferência, na qual palestrantes de oito países enfatizaram a adoção de uma abordagem interseccional nas questões de diversidade. Eles também destacaram a necessidade de dar voz a múltiplas perspectivas na informação.
Quatro anos depois da nomeação de Mariana Iglesias no jornal argentino Clarín, editoras de gênero promovem mudanças na cobertura jornalística, trabalham para consolidar suas posições e enfrentam violência online sem precedentes. A LatAm Journalism Review conversou com editoras de gênero de quatro países para entender o estado atual dessas profissionais na região.
Em 2022, ano de uma das eleições mais acirradas do Brasil, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) registrou 557 casos de agressão contra jornalistas, 26% envolvendo algum tipo de violência de gênero. Desse grupo, 5% foram categorizados como episódios de violência sexual. Jornalistas que foram alvo desses ataques falam sobre o impacto em seu trabalho e em suas vidas pessoais.
Uma coletânea de estudos sobre a cobertura da violência contra mulheres no Sul Global constatou avanços na Argentina e no México, enquanto no Brasil se destacaram os vieses de raça e classe. Coeditora do volume disse à LJR que espera que o trabalho evidencie como a cobertura jornalística está conectada a este “enorme problema sistêmico global”.
Uma jornalista negra colombiana, Beatriz Valdés Correa, ganhou o Prêmio Gabo 2023 na categoria texto por uma investigação sobre a situação das mulheres afro vítimas de violência sexual no contexto do conflito armado do país. Mas como é a cobertura por meios colombianos da população negra e da vice-presidente Francia Márquez?
Apesar dos recentes avanços em relação aos direitos das pessoas LGBTQ+, as narrativas de ódio persistem nos meios de comunicação mexicanos, de acordo com um relatório interdisciplinar. Os autores destacam a necessidade de ter redações inclusivas e uma representação autêntica para combater a transfobia.
As jornalistas esportivas brasileiras não só estão ganhando cada vez mais espaço na mídia, como também têm conseguido mais cobertura para o esporte feminino. Embora ainda haja um longo caminho a percorrer, a Copa do Mundo Feminina é a melhor oportunidade para consolidar o que foi conquistado até agora.
O terceiro webinar do segundo ciclo organizado pela Rede pela Diversidade no Jornalismo Latino-Americano ofereceu ideias para melhorar a cobertura da violência de gênero sem revitimizar e até mesmo buscar abordagens que possam preveni-la. As jornalistas Lydiette Carrión e Leila Mesyngier, moderadas por Pilar Cuartas, ofereceram boas práticas.
O segundo webinar da nova série de encontros online promovidos pela Rede pela Diversidade no Jornalismo Latino-Americano se dedicou a desconstruir mitos sobre o jornalismo feminista. Michelle Nogales (Bolívia), Alejandra Higareda (México) e Graciela Tiburcio Loayza (Peru), em conversa moderada por Lucia Solis (Peru), compartilharam insights e reflexões com base em suas trajetórias como jornalistas feministas.
Pessoas negras são 55,9% da população brasileira, mas apenas 9,5% das pessoas que assinam textos nas edições impressas de Estadão, Folha de S. Paulo e O Globo. Esse é um dos achados de uma pesquisa que alerta para “um problema gravíssimo de ordem cultural, social e política” na sub-representação de pessoas não brancas e de mulheres nos jornais.
Duas jornalistas mergulharam fundo na análise das sentenças por mudança de nome e sexo de pessoas trans no Peru. Em entrevista com a LJR, elas relatam os desafios de analisar 208 sentenças por meio do jornalismo de dados e como cuidaram da saúde mental no processo.