Dez organizações de jornalismo local nas cinco regiões do Brasil participam do projeto Caravana, da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). As comunidades dos territórios têm tido destaque nesse processo, o que ajuda a estabelecer uma rede de sustentabilidade local. A LJR conversou com o Coreto (Bahia) e com o Fala Roça (Rio de Janeiro) sobre a participação no projeto.
A Rede Tejiendo Historias, um projeto do meio de comunicação digital Agenda Propia, está trabalhando em um protocolo de segurança para jornalistas e comunicadores que fazem reportagens em territórios indígenas na América Latina. Ele se baseia em dois manifestos que a rede elaborou para chamar a atenção para os riscos que enfrentam ao fazer reportagens.
O assassinato de uma pessoa não binária de destaque no México mostrou que a maioria dos meios de comunicação do país não tem os protocolos ou as ferramentas para refletir em suas reportagens a realidade dessa população. De acordo com especialistas, além de fazer bom uso do idioma, o jornalismo deve refletir a realidade com precisão, pluralidade e respeito aos direitos humanos.
Maior evento popular brasileiro, o Carnaval envolve desde dinâmicas sociais que com frequência são invisibilizadas, até exigências físicas particulares. A LJR conversou com jornalistas especializados no assunto atrás de conselhos sobre como cobrir a folia.
Execuções cometidas por policiais, como ex-integrantes da corporação se tornam assassinos profissionais e como formam organizações comparáveis à máfia: esta é a especialidade da cobertura de Rafael Soares, repórter de 32 anos dos jornais O Globo e Extra, que diz não sentir medo. Depois do podcast “Pistoleiros”, ele acaba de lançar “Milicianos”, seu primeiro livro.
Durante décadas, o jornal The Tico Times cobriu a Costa Rica e a América Central para um público de língua inglesa. Depois que a ex-editora e redatora Dery Dyer faleceu em 2020, uma ex-funcionária da publicação ajudou a encontrar um novo lar para o arquivo de sua antiga chefe.
Após uma pesquisa, três jornalistas venezuelanas concluíram que a melhor maneira de ajudar o jornalismo na região amazônica da Venezuela seria por meio de uma rede que promovesse a colaboração e produzisse uma cobertura atenta tanto ao meio ambiente quanto aos direitos humanos.
A Rede para a Diversidade no Jornalismo Latino-Americano realizou sua terceira conferência, na qual palestrantes de oito países enfatizaram a adoção de uma abordagem interseccional nas questões de diversidade. Eles também destacaram a necessidade de dar voz a múltiplas perspectivas na informação.
Quatro anos depois da nomeação de Mariana Iglesias no jornal argentino Clarín, editoras de gênero promovem mudanças na cobertura jornalística, trabalham para consolidar suas posições e enfrentam violência online sem precedentes. A LatAm Journalism Review conversou com editoras de gênero de quatro países para entender o estado atual dessas profissionais na região.
Em 2022, ano de uma das eleições mais acirradas do Brasil, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) registrou 557 casos de agressão contra jornalistas, 26% envolvendo algum tipo de violência de gênero. Desse grupo, 5% foram categorizados como episódios de violência sexual. Jornalistas que foram alvo desses ataques falam sobre o impacto em seu trabalho e em suas vidas pessoais.
Uma coletânea de estudos sobre a cobertura da violência contra mulheres no Sul Global constatou avanços na Argentina e no México, enquanto no Brasil se destacaram os vieses de raça e classe. Coeditora do volume disse à LJR que espera que o trabalho evidencie como a cobertura jornalística está conectada a este “enorme problema sistêmico global”.
Uma jornalista negra colombiana, Beatriz Valdés Correa, ganhou o Prêmio Gabo 2023 na categoria texto por uma investigação sobre a situação das mulheres afro vítimas de violência sexual no contexto do conflito armado do país. Mas como é a cobertura por meios colombianos da população negra e da vice-presidente Francia Márquez?