O ataque de um estudante de 13 anos a uma escola em São Paulo reavivou o debate no Brasil sobre o impacto da cobertura jornalística nesse tipo de violência. A Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca) reuniu especialistas para orientar sobre como fazer uma cobertura responsável de modo a evitar a proliferação desses ataques.
Exposição em São Paulo apresenta fotografias inéditas do fotojornalista brasileiro Evandro Teixeira nos primeiros dias da ditadura de Augusto Pinochet no Chile, entre outras. A mostra promove reflexões sobre o papel da imprensa e da fotografia em contextos autoritários.
Pesquisadores brasileiros analisaram títulos de notícias sobre declarações falsas de Jair Bolsonaro sobre a COVID-19 em 2020, e em 60% dos casos as falas do então presidente foram apenas reproduzidas, sem contextualização nem correção. A pesquisadora Marília Gehrke falou à LatAm Journalism Review (LJR) sobre como essa prática contribui para a desinformação e mina a credibilidade do jornalismo.
O jornalista Hélio Doyle foi destacado para liderar a reconstrução da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) após seis anos de desmandos e censura sob os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro. Doyle falou à LatAm Journalism Review sobre como o jornalismo será “um carro-chefe” na comunicação pública feita pela estatal.
A jornalista brasileira Kátia Brasil tem 37 anos de profissão e 33 anos de Amazônia. Há 10 anos, ela se dedica à cobertura da região na agência Amazônia Real, da qual é cofundadora e codiretora. Ela conversou com a LatAm Journalism Review (LJR) sobre os desafios de fazer jornalismo investigativo centrado nos povos amazônicos.
Em junho de 2020, com o Brasil rapidamente acumulando casos e mortes por COVID-19, o governo federal agiu para esconder a realidade da pandemia no país. Seis meios de comunicação responderam estabelecendo um consórcio para a divulgação dos dados da COVID-19. Encerrado em janeiro, o consórcio deixa lições sobre valor da transparência e da colaboração.
No Brasil, meios independentes vêm trabalhando para que a transparência pública seja regra, no governo e nas redações. Jornalistas da agência Fiquem Sabendo e da Agência Pública dão dicas sobre como realizar investigações usando a Lei de Acesso à Informação (LAI).
Procurar especialistas, não normalizar atitudes antidemocráticas e fornecer ao público o contexto necessário sobre mentiras e desinformação são alguns dos conselhos de especialistas sobre como cobrir atos de grupos extremistas, como os que aconteceram em 8 de janeiro no Brasil.
O governo brasileiro anunciou a criação do Observatório Nacional da Violência contra Jornalistas, uma demanda de organizações de defesa da liberdade de imprensa e dos jornalistas. O secretário nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho, falou à LatAm Journalism Review (LJR) que criação do novo órgão foi motivada pela “escalada de violência” contra jornalistas no país. Disposição do novo governo ao diálogo e à defesa da classe jornalística contrasta com a postura do governo de Jair Bolsonaro, um dos principais instigadores da violência contra a categoria no país.
A InfoAmazonia, plataforma trilíngue dedicada à cobertura da Floresta Amazônica, lançou uma Rede Cidadã de meios de comunicação sediados na Amazônia brasileira que cobrem temas socioambientais. A ideia é fortalecer o jornalismo local na região e ampliar as audiências dos meios, qualificando e levando o conteúdo produzido na e sobre a Amazônia às populações locais e a um público global. “É preciso que jornalistas daqui debatam temas daqui sob a ótica e compreensão daqui”, disse um dos membros da rede.