Depois de ser agredida e ter a mandíbula fraturada, Susana Morazán recebeu uma ameaça: “pare de falar mal do governo”. O fato ocorreu no último dia 19 de janeiro, quando dois homens em motocicletas interceptaram a apresentadora da TV Azteca Guatemala em seu carro, de acordo com Prensa Libre.
Acompanhado de um grupo de pessoas que vestiam camisetas com a frase “Yo Soy Bonil” (Eu sou Bonil), em alusão ao “Je suis Charlie” da França, Xavier Bonilla ‘Bonil’, chargista do jornal El Universo, se apresentou à audiência da Superintendência de Informação e Comunicação (Supercom) no último dia 9 de fevereiro, de acordo com o site Plan V.
Com um total de 579 violações à liberdade de expressão que correspondem a 350 denúncias/casos, 2014 se tornou quantitativamente o “pior ano” em matéria de “garantias ao direito humano à liberdade de expressão” na Venezuela, segundo a organização não governamental Espaço Público. Este número, de acordo com a ONG, é o mais alto registrado no país nos últimos 20 anos.
Depois de mais de um século nas mãos da família Mantilla, um dos jornais mais antigos e tradicionais do Equador - El Comercio - foi vendido para o magnata da mídia latino-americana Remigio Ángel González, um mexicano que lançou seu império de TV na Guatemala e é conhecido por evitar o conflito editorial com governos.
O Fórum de Jornalismo Argentino (FOPEA) anunciou o lançamento de uma série anual de prêmios de jornalismo de investigação na Argentina em meio ao que a organização qualificou como um "clima insuportável de ameaça, perseguições e más condições de trabalho que pesa sobre a profissão".
Em uma audiência perante a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (IACHR), um grupo de jornalistas venezuelanos, membros de sindicatos e organizações sociais locais denunciaram firmemente a censura contra a imprensa em curso na Venezuela.
A polícia invadiu e confiscou material jornalístico da emissora de radio e site de notícias La Brújula 24, da cidade de Bahía Blanca na província de Buenos Aires, Argentina. A polícia local chegou à redação com uma ordem judicial assinada pelo juiz federal Santiago Ulipano Martínez.
Uma corte de apelação em Honduras determinou a suspensão por 16 meses do exercício do jornalismo ao apresentador de TV Julio Ernesto Alvarado. Trata-se da mais recente de uma série de decisões jurídicas desde que Alvarado foi acusado de difamação, depois que, em 2006, seu telejornal "Mi Nación" apresentou uma série de matérias onde acusava uma decada universitária de corrupção.
O relator especial para a Liberdade de Expressão das Organização dos Estados Americanos (OEA) divulgou um comunicado no qual "expressa a sua mais profunda preocupação com a deterioração do direito à liberdade de expressão na Venezuela."
Como se não bastasse ser uma das regiões mais perigosas do mundo para a cobertura de crimes, repórteres do norte do México agora enfrentam novos obstáculos supostamente criados pelas autoridades que deveriam protegê-los.