“Vamos te fazer uma confissão: na Colômbia os jornalistas publicam muito menos do que sabem”. Assim começa o vídeo promocional da rede de jornalistas colombianos, criada recentemente, chamada A Liga Contra o Silêncio. Através da sua primeira atividade, a Liga busca recursos suficientes para cobrir os temas que mais são atingidos pela autocensura no país.
Os processos eleitorais que pedem a retirada de algum conteúdo publicado na internet cresceram 33% nas eleições municipais de 2016, que terminaram neste domingo (30/10), em relação ao pleito de 2012. Foram 559 ações na Justiça, contra 419, em 2012, segundo a plataforma Ctrl+X, da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).
A detenção de ao menos dois jornalistas comunitários e o ataque a outros dois repórteres enquanto cobriam a remoção de barracos em uma favela no Rio de Janeiro gerou críticas contra a Polícia Militar, acusada de violar a liberdade de expressão.
A pesquisadora Olga Khrustaleva está buscando jornalistas e ativistas na América Latina que queiram partilhar suas experiências de censura na internet. Seu objetivo é mapear os tipos de censura da Internet na região e descobrir como jornalistas e ativistas estão mudando o seu comportamento por isso.
Há um desacordo entre o governo do presidente boliviano Evo Morales e uma grande parcela dos meios de comunicação e organizações que defendem a liberdade de expressão, disse o Relator Especial para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), Edison Lanza, durante visita a La Paz, conforme noticiado pela Página Siete.
O principal objetivo da criação da Lei de Proteção de Dados Pessoais – promulgada em 11 de julho de 2013 e em vigor desde 08 de maio de 2015 – era proteger os dados pessoais de quem se sente violado por sua publicação, como no caso do uso comercial por parte de certas empresas privadas, até que se consiga apagar da internet todas as notícias relacionadas às informações em questão.
A equipe de reportagem do noticiário dominical Panorama foi indiciada criminalmente pelo ministro de Defesa peruano Jakke Valakivi após divulgar uma reportagem mostrando documentos oficiais secretos que evidenciariam suposto desvio de recursos do Serviço de Inteligência do Exército. Os jornalistas podem sofrer pena de até 15 anos de prisão pelo crime de traição à pátria.
Atualização (1 de julho de 2016): Os processos e audiências contra os profissionais do jornal Gazeta do Povo foram suspensos temporariamente nesta quinta-feira, 30 de junho, pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, conforme noticiado pelo O Estado de S. Paulo.
Atualização (16 de junho de 2016): O jornalista Marcelo Auler foi autorizado a republicar oito das dez matérias censuradas em seu blog. A juíza Vanessa Bassani extinguiu a ação de indenização proposta pelo delegado Maurício Moscardi Grillo após constatar um erro no pedido inicial: o endereço residencial do delegado está localizado em um bairro atendido por outro Juizado, o que caracteriza incompetência territorial.
Um projeto de lei em tramitação na Argentina ameaça a liberdade de imprensa no país, alertam entidades jornalísticas e profisionais que atuam na região. Repórteres que divulgarem nomes e dados de supostos envolvidos em crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas poderão ser presos, caso a lei seja aprovada.