Reunir todas as partes interessadas na indústria de mídia latino-americana para debater os maiores desafios do setor é uma tarefa difícil, mas foi o que um grupo de jornalistas, membros da sociedade civil, reguladores e outros membros da área ousaram fazer no final do ano passado.
O Relator Especial para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), Edison Lanza, participou em uma conferencia em Bogotá, Colômbia, para dialogar com representantes de diferentes organizações internacionais preocupadas com a concentração de meios nas Américas.
Durante os dias 18 e 19 de novembro, especialistas do mundo se reuniram em Bogotá, Colômbia, para debater sobre a situação dos meios de comunicação, sua legislação, sua concentração de propriedade e/ou controle, e seu impacto na liberdade de expressão e no exercício do jornalismo.
Poderopedia, uma organização chilena que trabalha para tornar transparentes as estruturas de poder que se formam nos países da América Latina, publicou o Mapa de Meios, uma base de dados que detalha a propriedade e a concentração dos meios de comunicação no Chile e na Colômbia.
O canal venezuelano Globovisión rompeu esta semana a aliança que mantinha com o grupo colombiano RCN Televisión. A razón da ruptura entre as emissoras não foi indicada, mas nos últimos dois meses se acentuaram as diferenças entre as linhas editoriais das duas empresas.
Depois da compra de mais da metade das ações do grupo editorial Epensa, a qual deu ao Grupo El Comercio um controle total de quase 80% do mercado de jornais no Peru, o tema da concentração de mídia se tornou ubíquo – e volátil – no país. Domina o debate público com uma nota ou artigo de opinião novo todos os dias e, na semana passada, os polos opostos da discussão sobre os possíveis efeitos nocivos da transação foram exemplificados pelo desacordo entre o célebre escritor peruano e ex-candidato presidencial Mario Vargas Llosa e seu filho Álvaro.
O governo do presidente Rafael Correa atualmente conta com 21 meios de diferentes formatos dirigidos a distintas audiências, entre eles 14 veículos apreendidos, 3 veículos públicos e 4 estatais, segundo o recente relatório “Como são filtradas as notícias que recebemos?”, da ONG Fundamedios.
Através de uma Ação de Amparo apresentada no dia 21 de novembro perante o Tribunal Constitucional da Corte de Justiça de Lima, Peru, oito jornalistas e líderes de mídias contestaram a compra de 54% das ações do setor de impressão e comercialização do grupo editorial Epensa por parte do Grupo El Comercio
O conglomerado de mídias argentino Grupo Clarín anunciou hoje que se adequaria voluntariamente à polêmica lei de meios antimonopólio dividindo suas licenças audiovisuais entre seis unidades de negócio que respeitem o limite previsto pela lei.
Depois de um acalorado debate durante a 69ª Assembleia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) sobre a compra no Peru de mais da metade das ações da casa editorial Epensa pelo Grupo Comercio, um competidor, o grupo editorial La República anunciou que iniciará um processo por concentração midiática.
O controle da mídia por parte de governos “autocráticos” é um dos “maiores entraves à liberdade de imprensa no hemisfério ocidental durante o último semestre” e o assassinato de 14 jornalistas representa um dos números mais altos dos últimos 20 anos, destacou a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol), ao encerrar sua 69ª Assembleia Geral, ocorrida em Denver (Colorado, EUA).
Um total de 55 frequências de rádio e televisão vão passar ao controle do Estado no Equador por haver descumprido a recente Lei Orgânica de Comunicação – Lei de Meios – segundo anunciou o ministro de Telecomunicações, Jaime Guerrero, em coletiva de imprensa na última sexta-feira, 20 de setembro, informou o portal Infobae.