A impunidade em assassinatos de jornalistas não é novidade na América Latina. Na última década, o Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ) relatou 72 casos de jornalistas mortos em virtude de seus trabalhos. Cerca de 78% deles continuam impunes parcial ou totalmente. Mas no México, na Colômbia e no Brasil, os níveis de impunidade ultrapassaram os de outros países de América Latina, segundo o CPJ’s Índice de Impunidade Global de 2014 do CPJ.
Jornalistas de Veracruz e outros grupos marcharam na segunda, 28 de abril, em homenagem à morte da jornalista Regina Martínez ocorrida no mesmo dia há dois anos, de acordo com a revista Proceso.
Em sua apresentação ontem na Organização dos Estados Americanos (OEA), a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) lamentou que os 18 assassinatos de jornalistas registrados na região em 2013 sigam, em sua maioria, na impunidade.
A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) novamente pediu justiça no caso do assassinato do jornalista colombiano Nelson Carvajal, assassinado há 16 anos. A SIP insistiu em exigir das autoridades que investiguem e localizem os culpado pelo crime, um chamado que a organização faz desde que o caso iniciou em 2001.
A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol) pediu hoje à Corte Suprema do Peru para esclarecer o assassinato do jornalista de rádio Alberto Rivera Fernández e julgar os autores intelectuais do crime.
Só 19% dos casos registrados de homicídios e desaparecimentos de jornalistas ou trabalhadores de imprensa chegaram a ser avaliados pela justiça, e apenas 10% terminaram em sentenças com condenação, deixando o índice de impunidade no México em 89%, disse a Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) em um comunicado no dia 20 de abril.
Três países latino-americanos apareceram na última edição do Índice de Impunidade do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ). México, Colômbia e Brasil ocuparam, respectivamente, a sétima, oitava e décima posições da lista.
O Mecanismo de Proteção a Jornalistas no México tem sido um “fracasso” que vai requerer uma reestruturação para poder cumprir sua função oficial, disse o titular da Secretaria de Goberno (SEGOB) do país, Miguel Ángel Osorio Chong, de acordo com a revista Proceso.
Dez dias após a demissão repentina do coordenador executivo do Mecanismo para a Proteção de Jornalistas no México, integrantes do Conselho Executivo da organização federal revelaram problemas internos que têm dificultado o seu funcionamento e contribuído para que mais da metade dos casos recebidos nos últimos dois anos permaneçam desatendidos, relatou o Animal Politico.
Uma missão conjunta de várias organizações dedicadas à liberdade de imprensa informou nesta quarta-feira (19 de Março) os resultados de uma recente investigação no estado de Veracruz sobre o assassinato do jornalista Gregorio Jiménez de la Cruz, de acordo com o site de notícias Terra.