Um ex-subdiretor da polícia acusado de ordenar o desaparecimento e o homicídio do jornalista mexicano Moisés Sánchez Cerezo foi solto depois que um juiz federal concedeu um recurso de amparo, uma ação para proteger os direitos constitucionais de um indivíduo.
O caso do jornalista colombiano Nelson Carvajal, assassinado em 16 de abril de 1998, foi admitido na Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH) no dia 22 de outubro pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
No dia 2 de novembro, a Unesco promoveu o Dia Internacional pelo fim da impunidade em crimes contra jornalistas (IDEI na sigla em inglês) com o objetivo de instar os governos de todo o mundo a tomar ações mais contundentes para julgar e condenar aqueles que cometem crimes contra jornalistas. Defensores da imprensa explicam que a morte dos jornalistas não é apenas um problema do setor, mas uma ameaça para toda a sociedade democrática.
Uma placa branca perto da Villa Ygatimí, aproximadamente a 41 quilômetros da fronteira entre Paraguai e Brasil, marca a morte de um jornalista e sua assistente há um ano, assassinados enquanto passavam por uma estrada da área.
Assassinatos sem resolução, repressão governamental violenta, leis antimeios opressivas e as crescentes conexões entre grandes corporações e governos estiveram entre os temas de debate da 71º Assembleia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP).
Em meio aos casos de violência contra jornalistas no Brasil, que já contabiliza quatro assassinatos apenas este ano, entidades de defesa da liberdade de imprensa se uniram em torno de um projeto que busca coibir a impunidade nestes crimes. A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e a Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) lançaram o "SOS Jornalista", um espaço para comunicadores denunciarem agressões e abusos de veículos de comunicação relacionados ao exercício profissional e receberem proteção do Estado.
Colombia ficou fora do Índice Global de Impunidade 2015 do Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ na sigla em inglês), deixando México e Brasil como os únicos países da América Latina na lista de 14 países onde os responsáveis por assassinatos de jornalistas “permanecem livres”.
Quando em 1º de agosto recebeu em Austin, Texas, a notícia de que seu companheiro Rubén Espinosa havia sido assassinado na Cidade do México, Miguel Ángel López Solana reviveu todo o pesadelo que o fez deixar Veracruz há quatro anos.
Só nos primeiros seis meses de 2015 foram registrados 59 ataques contra jornalistas na Guatemala, segundo um relatório publicado na semana passada pelo Observatorio de los Periodistas del Centro de Reportes Informativos sobre Guatemala (Cerigua).
Rodrigo Neto, jornalista e apresentador de rádio de Ipatinga, Minas Gerais, denunciava injustiças e o envolvimento de policiais em crimes conhecidos na região do Vale do Aço, onde fica Ipatinga.
O ex-parlamentar e político colombiano Ferney Tapasco foi condenado a 36 anos de prisão por ser o autor intelectual do homicídio em 2002 do subdiretor do jornal La Patria, Orlando Sierra, assassinado em razão de sua atividade profissional.
Embora no Brasil a maioria dos crimes contra jornalistas fique impune, como aponta o Índice Global de Impunidade 2014 do CPJ, um homem foi condenado a 12 anos de prisão pelo assassinato do repórter Rodrigo Neto, do jornal Vale do Aço, ocorrido em 2013 no estado de Minas Gerais.