Na era dos dados massivos, o jornalismo se coloca em uma posição crucial ao se apoiar na tecnologia informática para reinventar métodos de pesquisa, análise e cobertura das notícias.
Uma equipe da Colômbia que trabalha para documentar o conflito armado de décadas naquele país e uma organização que revela as ações judiciais utilizadas para impedir a disseminação da informação pública no Brasil estão entre os vencedores do Data Journalism Awards (DJA) 2017.
Esta história é parte de uma série sobre Jornalismo de Inovação na América Latina e Caribe (*) Em 2010, o repórter de política Diego Cabot, do argentino La Nación, recebeu um vazamento com potencial de convulsionar um dos principais ministérios do primeiro mandato de Cristina Kirchner. Tratava-se de um CD com 26 mil e-mails do […]
"Estamos em uma relação abusiva com nossos equipamentos tecnológicos de estimação, e acreditamos que eles possam estar possuídos pelo Chupadados." Assim se apresenta o projeto Chupadados, lançado em dezembro de 2016, cujo objetivo é contar, através de textos e infográficos, como equipamentos e serviços tecnológicos são usados na América Latina para coletar, armazenar e até vender dados pessoais - muitas vezes sem o conhecimento dos usuários.
O capítulo venezuelano da organização internacional Chicas Poderosas lançou recentemente um workshop sobre análise de dados e programação, além de uma "hackathon" de dados públicos.
O Postdata.club é um site de jornalismo de dados lançado recentemente em Cuba por uma equipe interdisciplinar de cinco membros, cujo objetivo é tornar mais amigável a compreensão de informações de interesse público baseadas em dados.
As decisões judiciais sobre liberdade de expressão e acesso à informação das mais altas Cortes de 16 países da América Latina já se encontram disponíveis para consulta gratuita com a abertura do Banco de Jurisprudência sobre liberdade de expressão em espanhol.
Desde que o portal de jornalismo investigativo peruano Ojo Público nasceu, há dois anos, seus quatro fundadores sabiam que além de suas investigações, queriam oferecer um espaço para compartilhar conhecimentos e experiências que pudessem ser úteis a colegas não só do Peru, mas de toda a região.
No próximo mês, um grupo de jornalistas brasileiras planeja lançar uma plataforma de notícias digitais que vai usar jornalismo de dados para abordar assuntos relacionados a questões de gênero.
Com o intuito de garantir um processo mais transparente, o portal peruano de jornalismo de dados Convoca decidiu realizar um projeto para informar em tempo real, a partir de seu próprio site, os resultados do segundo turno das eleições para presidente realizado em 5 de junho. A organização também criou uma campanha nas redes sociais onde as pessoas poderiam denunciar as irregularidades deste processo.
Investigações de jornalismo de dados da Argentina, Brasil, México, Peru e pela primeira vez Bolívia foram selecionadas entre as finalistas em várias categorias dos Prémios de Jornalismo de Dados 2016, organizado pela Rede Mundial de Editores (Global Editors Network), desde 2011.
Os Panama Papers, maior vazamento de documentos da história do jornalismo, deu origem a um esforço investigativo global, com a participação de cerca de 100 jornalistas latino-americanos, que permitiu destrinchar o funcionamento dos paraísos fiscais. Liderada pela jornalista espanhola Mar Cabra, a equipe de jornalismo de dados do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês) foi o cérebro desse trabalho, que exigiu a análise de 11,5 milhões de documentos e demonstrou que lidar com grandes bases de dados é cada vez mais essencial às investigações jornalísticas.