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Conferência brasileira de jornalismo de dados convida repórteres a ‘colocarem a mão na massa’

Com objetivo de compartilhar experiências e colocar a ‘mão na massa’, a Escola de Dados organiza nos dias 25 e 26 novembro em São Paulo a segunda edição da Conferência Brasileira de Jornalismo de Dados e Métodos Digitais, Coda.Br, evento pioneiro no país. A ideia é reunir profissionais de diversos campos para discutir questões comuns como responsabilidade algorítmica, machine learning e privacidade. As inscrições estão abertas.

Natália Mazotte, diretora da Open Knowledge no Brasil (organização da qual a Escola de Dados faz parte),  destaca que a conferência serve a uma comunidade de jornalistas de dados que vem crescendo e amadurecendo no Brasil. Se o primeiro encontro da organização reuniu 120 pessoas em um dia em maio de 2016, desta vez são esperados 250 participantes em dois dias de programação.

“Ainda não contávamos com um espaço onde jornalistas de dados pudessem trocar experiências práticas, ampliar seus conhecimentos e abrir a metodologia dos seus principais trabalhos. Hoje o Coda.Br é esse espaço”, disse ao Centro Knight.

Um dos destaques do Coda.Br é a mesa de debate sobre o futuro do jornalismo de dados, com os jornalistas Mar Cabra, da Espanha, e Jonathan Stray, dos Estados Unidos. Cabra liderou a Unidade de Dados e Pesquisa do International Consortium of Investigative Journalists (ICIJ) durante a investigação dos Panama Papers, vencedora do Prêmio Pulitzer 2017. Já Stray atua como jornalista computacional da Universidade de Columbia, com passagens pelas equipes de dados do New York Times e da ProPublica.

A programação conta com mais de 30 workshops com conhecimentos práticos para aplicação em reportagens de assuntos tão diversos quanto eleições, mobilidade urbana e questões de gênero. Ferramentas como Dataprep, My Maps, OpenRefine, Raw e Tableau serão trabalhadas em oficinas divididas entre os níveis Padawan, para iniciantes, e Jedi, para os mais experientes.

Além dos workshops, de 1h30 de duração, a conferência traz nos dois dias os ‘bootcamps’: são treinamentos de seis horas cada, sobre programação em Python e R. “Pelo menos 80% do evento é de atividades mais ‘mão na massa’. Os bootcamps são treinamentos mais aprofundados, de seis horas de duração. Quem quiser ir na conferência só para aprender a programar em R, por exemplo, vai ter 12 horas só pra isso”, explica Mazotte.

O evento foi feito em parceria com o Google News Lab e conta com o apoio do Centro Knight para Jornalismo nas Américas, além da Abraji, do La Nación Data e da Python Software Foundation.

*Nota da editora: Natalia Mazotte também é colaboradora do Centro Knight para Jornalismo nas Américas

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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