Defensores da liberdade de expressão procuram respostas depois que uma jornalista britânica que cobriria a conferência da Organização Mundial do Comércio foi deportada da Argentina. Na madrugada do dia 8 de dezembro, Sally Burch foi mandada de volta para Quito, no Equador, onde trabalha como editora-executiva da Agencia Latinoamericana de Información. De acordo com o The Guardian, ela foi incluída em uma lista de 63 pessoas banidas do evento, que ocorre entre os dias 10 e 13 de dezembro.
Apesar da aprovação de uma nova lei de comunicação em 2014, a histórica concentração da mídia nas mãos de poucos grupos econômicos persiste no Uruguai, de acordo com uma pesquisa recente. O dia 1º de janeiro de 2019 é o prazo para que essas empresas de mídia se adaptem à nova legislação, ou seja, pouco mais de um ano.
No México, jornalistas vivem sob o terror da violência da qual são alvo, e embora o governo tenha criado mecanismos de proteção a estes profissionais, a impunidade e a insegurança continuam sendo a tônica em todo o país. Estas são algumas das conclusões de David Kaye, relator especial da ONU para a promoção e proteção do direito à liberdade de opinião e expressão, e Edison Lanza, relator especial da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) para a liberdade de expressão, ao concluir uma missão de uma semana no México.
A Procuradoria-Geral da República do México anunciou no dia 2 de dezembro a prisão de um homem identificado como Fabricio “N” em Mexicali, capital do Estado de Baja California, acusado de ser responsável pelo sequestro e roubo de materiais de um jornalista em fevereiro desse ano.
O jornalista venezuelano Jesús Medina anunciou no dia 23 de novembro que saiu do país devido a ameaças contra ele e sua família em função de seu trabalho. Medina passou dois dias desaparecido no começo de novembro, no que ele qualifica como um sequestro em razão de sua reportagem sobre como a prisão de Tocorón, no norte da Venezuela, é supostamente controlada pelos presos que cumprem pena no local.
Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil manteve a censura sobre o blog do carioca Marcelo Auler. O ministro Alexandre de Moraes negou o seguimento de uma reclamação protocolada pelo jornalista, que pedia uma liminar para suspender uma sentença que impede a publicação de duas reportagens.
Atualização (7 de novembro): O jornalista Jesús Medina foi encontrado vivo na segunda-feira, 6 de novembro, à noite, no quilômetro 1 da rodovia Caracas - La Guaira. O jornalista estava seminu e com graves golpes em seu rosto e em seu corpo, informou El Nacional.
Quase quatro anos depois que a Assembléia Geral da ONU declarou o 2 de novembro como o Dia Internacional para acabar com a Impunidade dos Crimes Contra os Jornalistas (IDEI, na sigla em inglês), a data se tornou uma época em que profissionais da mídia e grupos de liberdade de expressão na América Latina e no resto do mundo chamam a atenção para os níveis de violência e impunidade que afetam seus colegas.
Por assediar, perseguir, censurar e estabelecer marcos legais contra jornalistas e meios de comunicação venezuelanos, a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) condenou as práticas do governo Nicolás Maduro contra a liberdade de imprensa e de expressão.
O projeto “Forbidden Stories”, lançado pelas organizações Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e Freedom Voices Network (Rede de Vozes pela Liberdade) em 31 de outubro, pretende proteger as “histórias proibidas” de jornalistas que estão em risco ou sob ameaça por fazer seu trabalho: reportar.
Os jornalistas foram alvo de sentimentos e ações anti-imprensa de funcionários públicos, forças de segurança e cidadãos antes e durante as eleições regionais para 23 governadores na Venezuela, realizada no dia 15 de outubro .
Após se reunir com associações de veículos de imprensa e de jornalistas da Bolívia, as lideranças do Poder Legislativo do país decidiram excluir os profissionais da imprensa do controverso artigo 200 do novo Código Penal, que sanciona a má prática profissional.