A morte de Fredid Román eleva para 15 o número de jornalistas assassinados no México em 2022. Enquanto organizações como ONU, CPJ e SIP condenam os crimes, o governo de López Obrador nega o clima de violência contra a imprensa e até se constitui como a principal origem das agressões, de acordo com um relatório da Artigo 19.
O que começou como uma briga entre grupos criminosos rivais terminou em ataques à população que resultaram na morte de quatro funcionários do grupo MegaRadio. Os assassinatos, considerados por organizações como uma forma de desestabilização social, fizeram com que a estação paralisasse temporariamente sua transmissão.
Para a jornalista mexicana Laura Castellanos, “é transcendental que o jornalismo latino-americano esteja consciente de sua responsabilidade de cobrir com uma perspectiva feminista a crise civilizatória e planetária que dilacera a região”. Ela é uma das ganhadoras do prêmio Maria Moors Cabot 2022 e falou sobre seu trabalho cobrindo a violência estrutural em seu país em entrevista à LatAm Journalism Review.
Por Sara Mendiola* Esta é a quarta reportagem de uma série sobre investigação e julgamento de casos de violência contra jornalistas na América Latina.** Em 23 de março de 2017, a jornalista Miroslava Breach Velducea foi assassinada quando saía de casa na cidade de Chihuahua, no norte do México. Breach foi repórter do jornal […]
Investigações jornalísticas frequentemente desvelam ilegalidades e injustiças e contribuem para a garantia e o acesso a direitos. No caso das desigualdades de gênero, o jornalismo investigativo também tem um papel crucial. Uma universidade no México busca suprir a lacuna da formação neste tema por meio de um curso online em jornalismo investigativo com perspectiva de gênero.
O que acontece no mar tem um impacto direto na vida das pessoas fora dele. Ainda mais no México, que tem um litoral com extensão de mais de 11 mil quilômetros e onde há pelo menos 150 municípios costeiros. É por isso que a organização mexicana Causa Natura lançou a Repemar, iniciativa que busca articular jornalistas interessados em questões marinhas, oferecer apoio, acompanhamento, capacitação e oportunidades de financiamento.
O MasterLAB em Edição Investigativa 2022 oferecerá treinamento a cerca de 20 jornalistas sobre ferramentas e habilidades para conceber, organizar, narrar e produzir jornalismo investigativo, enquanto monitora a segurança de seus equipamentos.
Familiares, colegas e organizações nacionais e internacionais exigem justiça e garantias para o exercício do jornalismo livre de violência no México, após os assassinatos das jornalistas Yesenia Mollinedo e Johana García em 9 de maio, e do colunista Luis Enrique Ramírez, em 5 de maio.
As organizações noticiosas mexicanas estão tentando encontrar um equilíbrio em sua cobertura de conflitos internacionais, como a invasão russa da Ucrânia, enquanto os cidadãos pressionam por uma cobertura contínua da violência em seu país.
A repórter mexicana acredita que o mecanismo de proteção a jornalistas não dará bons resultados enquanto persistir a impunidade a crimes contra a imprensa em seu país. E enquanto o presidente não desistir de seu discurso hostil de intimidação ao jornalismo.
O jornalista Juan Carlos Muñiz foi assassinado em Zacatecas em 4 de março. Organizações como RSF, Artigo 19 e SIP, assim como jornalistas do México e do exterior, exigiram das autoridades mexicanas o fim da violência contra os comunicadores.
Relatório da Repórteres Sem Fronteiras encontrou “graves problemas, que requerem mudanças urgentes”, nos mecanismos de proteção a jornalistas nestes quatro países, que concentram 90% dos assassinatos de jornalistas perpetrados na América Latina nos últimos dez anos