O que acontece no mar tem um impacto direto na vida das pessoas fora dele. Ainda mais no México, que tem um litoral com extensão de mais de 11 mil quilômetros e onde há pelo menos 150 municípios costeiros. É por isso que a organização mexicana Causa Natura lançou a Repemar, iniciativa que busca articular jornalistas interessados em questões marinhas, oferecer apoio, acompanhamento, capacitação e oportunidades de financiamento.
O MasterLAB em Edição Investigativa 2022 oferecerá treinamento a cerca de 20 jornalistas sobre ferramentas e habilidades para conceber, organizar, narrar e produzir jornalismo investigativo, enquanto monitora a segurança de seus equipamentos.
Familiares, colegas e organizações nacionais e internacionais exigem justiça e garantias para o exercício do jornalismo livre de violência no México, após os assassinatos das jornalistas Yesenia Mollinedo e Johana García em 9 de maio, e do colunista Luis Enrique Ramírez, em 5 de maio.
As organizações noticiosas mexicanas estão tentando encontrar um equilíbrio em sua cobertura de conflitos internacionais, como a invasão russa da Ucrânia, enquanto os cidadãos pressionam por uma cobertura contínua da violência em seu país.
A repórter mexicana acredita que o mecanismo de proteção a jornalistas não dará bons resultados enquanto persistir a impunidade a crimes contra a imprensa em seu país. E enquanto o presidente não desistir de seu discurso hostil de intimidação ao jornalismo.
O jornalista Juan Carlos Muñiz foi assassinado em Zacatecas em 4 de março. Organizações como RSF, Artigo 19 e SIP, assim como jornalistas do México e do exterior, exigiram das autoridades mexicanas o fim da violência contra os comunicadores.
Relatório da Repórteres Sem Fronteiras encontrou “graves problemas, que requerem mudanças urgentes”, nos mecanismos de proteção a jornalistas nestes quatro países, que concentram 90% dos assassinatos de jornalistas perpetrados na América Latina nos últimos dez anos
Os comunicadores vítimas da onda de violência no início de 2022 têm denominadores em comum, como serem independentes ou trabalharem em projetos nativos digitais próprios sobre assuntos locais de política, segurança e corrupção.
Depois que López Obrador revelou o que o jornalista Carlos Loret de Mola supostamente ganhou em um ano, mais de 64 mil pessoas aderiram a um Twitter Space em que as ações do presidente e a crescente violência contra a imprensa no México foram condenadas. A discussão havia registrado mais de 1,5 milhão de ouvintes na segunda-feira, 14 de fevereiro.
Até agora em fevereiro, o México registrou uma tentativa de assassinato de um jornalista, dois fotojornalistas espancados e o assassinato do filho de um conhecido comunicador de Tijuana, além de agressões verbais e desqualificações de membros da imprensa pela Presidência.
No primeiro mês de 2022, a América Latina assumiu a liderança como a região mais mortífera para a imprensa, registrando sete jornalistas mortos: quatro no México, dois no Haiti e um em Honduras.
O número de assassinatos de jornalistas diminuiu em 2021 em comparação com 2020 em todo o mundo. No entanto, o México continua sendo o país mais letal para jornalistas na região, com 3 casos confirmados e 6 casos não confirmados de jornalistas mortos por sua profissão, de acordo com o censo anual do Comitê para Proteção de Jornalistas.