A Sociedade Interamericana de Imprensa dará início a uma oficina sobre riscos em coberturas jornalísticas com a estreia de um documentário lembrando o assassinato do jornalista Francisco Ortiz Franco, informou o jornal El Universal. Franco foi baleado em 22 de junho de 2004 em Tijuana, México.
Jornalistas e fotógrafos que participavam de uma visita turística para promover o Estado de Michoacán, ao Sul do México, foram sequestrados por três horas por indígenas armados com facões, informaram o jornal La Crónica de Hoy e a Associated Press (AP).
O aumento da violência relacionada ao narcotráfico no México é um dos principais assuntos ao redor do mundo, gerando manchetes esta semana não só em espanhol, português e inglês, mas também em árabe, japônes, russo e até mesmo em urdu.
O Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ) enviou uma carta ao presidente Felipe Calderón manifestando preocupação com os diversos ataques e abusos praticados por policiais federais e militares contra jornalistas que cobrem segurança pública, informou a DPA.
O secretário de Governo do México, Fernando Gómez Mont, pediu mais responsabilidade à imprensa e afirmou que a violência no país é causada pelas informações difundidas pelos meios de comunicação, relataram os jornais El Universal e El Economista.
O Instituto Federal de Acesso à Informação (IFAI) do México quer que a Secretaria de Governo expresse claramente que não haverá retrocessos em direção ao secretismo e à ausência de prestação de contas, informaram os jornais El Universal e La Jornada. Sinal de que, embora o país tenha uma lei de acesso a informações públicas avançada, ainda existem obstáculos em sua implementação.
A principal cadeia de televisão do México anunciou que não irá divulgar informações sobre a desaparição do ex-candidato à presidência Diego Fernández de Cevallos até que as investigações do caso sejam concluídas, informou a CNN México.
O presidente dos EUA, Barack Obama, recebe o mexicano Felipe Calderón esta semana em Washington em uma visita oficial que inclui discussões sobre temas bilaterais como imigração e a violência causada pelo tráfico de drogas na fronteira entre os dois países. O Comitê para a Proteção dos Jornalistas exortou os dois líderes a incluir em sua agenda a crise da liberdade de imprensa no México.
No primeiro episódio de uma série especial sobre a violência sofrida pelos jornalistas mexicanos em regiões dominadas pelo narcotráfico, a CNN conta o caso de 27 repórteres ameaçados no estado de Morelos, na região central do país.
As instalações do Canal 2, filial da Televisa em Tepic, no estado de Nayarit, no oeste do México, foram atacadas com granadas e tiros de fuzil, informou o diário La Jornada. Apesar dos danos materiais, as duas pessoas que estavam no edifício no momento do atentado saíram ilesas, afirma a Europa Press.
A violência tornou a cidade fronteiriça de Ciudad Juárez uma das mais perigosas do mundo, inclusive para o exercício do jornalismo. A situação é tal que muitas seguradoras passaram a recusar a venda de seguros de vida aos trabalhadores dos meios de comunicação, e outras optaram por cobrar uma taxa extra nas apólices oferecidas a esses profissionais, relata o jornal El Diario.
O Instituto Internacional de Imprensa (IPI) concedeu à jornalista mexicana Lydia Cacho o título de “Heroína Mundial da Liberdade de Imprensa", em reconhecimento a sua contribuição ao jornalismo de investigação em defesa da justiça e dos direitos humanos. (Veja também esta matéria da AFP, em espanhol).