O governo mexicano firmou um acordo de proteção aos jornalistas, para acabar com os ataques que, na última década, resultaram em 65 mortes, além de 12 desaparecimentos em cinco anos, informaram a CNN México e o La Jornada.
Quarenta e cinco repórteres e membros de organizações de apoio a jornalistas e à liberdade de expressão de 20 países se reuniram em Austin, Texas, nos dias 17 e 18 de setembro de 2010, para o 8º Fórum de Austin sobre Jornalismo nas Américas. O enfoque do encontro deste ano foi a cobertura do tráfico de drogas e do crime organizado. Em dois dias de painéis e discussões de mesa redonda, os participantes analisaram o panorama global do narcotráfico e apresentaram uma série de iniciativas que ajudarão jornalistas a melhorar sua cobertura do tráfico e a proteger seu bem-estar em meio a riscos e ameaças.
Diretores de meios de comunicação e jornalistas manifestaram ceticismo em relação às medidas anunciadas pelo governo para proteger a classe profissional das ameaças e da violência do crime organizado, informou a EFE.
Em uma reunião com representantes da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, por suas siglas em espanhol) e do Comitê para a Protecão dos Jornalistas (CPJ), o líder mexicano Felipe Calderón se comprometeu a iniciar no mês de outubro um plano de proteção à imprensa similar ao colombiano e a impulsionar reformas legais que colocariam os assassinatos de jornalistas no âmbito federal, informam a agência AFP e a SIP.
Quase dois anos depois de ter cruzado a fronteira, o jornalista Jorge Luis Aguirre obteve formalmente asilo do governo dos Estados Unidos, informa o La Jornada. O diretor do site LaPolaka.com se exilou após ter recebido ameaça por telefone quando estava a caminho do funeral do jornalista Armando Rodríguez, assassinado em Ciudad Juárez. A ameaça telefônica avisava Aguirre que ele seria o próximo.
Associações de jornalistas do México e autoridades de Chihuahua, região na fronteira dos Estados Unidos considerada uma das mais perigosas no mundo para jornalistas por causa da violência relacionada ao tráfico de drogas, assinaram no dia 6 de setembro o primeiro protocolo de segurança para a cobertura de temas considerados de alto risco, informaram o Masnoticias e o Tiempo.
A fachada do jornal Noroeste, na cidade de Mazatlán, foi atacada de madrugada por um comando do crime organizado horas depois de receber ameaças telefônicas, informaram a agência DPA e o próprio diário.
A violência do narcotráfico contra a imprensa mexicana chegou a tal ponto que uma empresa está vendendo coletes à prova de balas no México para proteger os repórteres, informou o Clarín.
Frank La Rue e Catalinta Botero, relatores das Nações Unidas e da Organização dos Estados Americanos para a liberdade de expressão, revelaram as observações preliminares de sua visita conjunta ao México e alertaram que a situação no país é grave, informaram a BBC Mundo e El Universal.
Em uma reunião com proprietários e diretores de meios de comunicação, o presidente Felipe Calderón ofereceu apoio do governo para evitar ameaças aos jornalistas, e propôs cinco recomendações para fortalecer o trabalho da imprensa, informaram El Universal e La Jornada.
Robert Cox, um jornalista nascido em Londres que cobriu a chamada "guerra suja" na Argentina, enquanto a imprensa permanecia em silêncio, acaba de tornar-se um ilustre cidadão de Buenos Aires, informou o Guardian. Ele recebeu a honra durante uma visita à cidade para o lançamento da edição em espanhol de um livro sobre sua trajetória durante o período, escrito pelo seu filho.
Jornalistas, autoridades e chefes de polícia de Chihuahua, no norte do México, um dos estados mais atingidos pela violência no país nos últimos anos, iniciaram discussões para criar o primeiro "protocolo de segurança para jornalistas cobrindo zonas de risco", informaram os sites Devenir e Ahoramismo.