O presidente do Uruguai, José Mujica, afirmou em entrevista à revista Veja que os governantes não devem responder às críticas da imprensa, mas “suportá-las”, porque, “se reagem, perdem duas vezes”, observou a agência EFE ao repercutir a matéria.
Quase dois anos depois da sanção da Lei de Acesso à Informação Pública (Lei 18.381) no Uruguai, o Executivo publicou um decreto regulamentando seu uso. Para incentivar jornalistas de todo o país a usarem a ferramenta legal, o Centro de Arquivos e Acesso à Informação Pública (CAInfo) lançou esta semana a campanha “Faça seu próprio pedido”.
Um relatório sobre 32 jornalistas, elaborado há dois anos e divulgado na semana passada, causou indignação no Uruguai, aponta a Associated Press. A Associação Nacional da Imprensa Uruguaia (APU) afirmou que o documento lembra as ações da ditadura militar.
O presidente Tabaré Vázquez decidiu multar 36 rádios e canais de televisão que se recusaram a transmitir, em outubro, uma mensagem defendendo a anulação da lei de anistia, informaram os jornais El Espectador e Página 12. Por ordem direta do presidente, 363 meios de comunicação deveriam ter veiculado a propaganda em 22 de outubro, três dias antes de um plebiscito sobre o assunto.
O caso do site uruguaio Amenaza Roboto é notável. Em um ano, a plataforma multimídia que cobre ciência e tecnologia produzidas na América Latina para um público falante de espanhol está com as contas pagas.
A cobertura eleitoral é talvez um dos maiores desafios nas redações: processar grandes volumes de informação em pouco tempo e com a mesma equipe que trabalha em condições cotidianas.
Todos os partidos políticos com representação no Parlamento uruguaio vão assinar um Pacto Ético contra a desinformação no dia 26 de abril. A iniciativa nasceu da Associação de Imprensa Uruguaia (APU, na sigla em espanhol) com o objetivo de que os políticos se comprometam a "não gerar ou promover notícias falsas ou campanhas de desinformação em detrimento de seus adversários" na próxima disputa eleitoral, informou a Observacom.