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Governo do Equador avalia pedido de asilo do fundador do WikiLeaks

Por Liliana Honorato

O fundador do WikiLeaksJulian Assange, pediu asilo político à Embaixada do Equador na Inglaterra, onde cumpre prisão domiciliar desde dezembro de 2010, após a Suécia pedir sua extradição. Assange é acusado de agressão sexual, informou a EFE.

O pedido de Assange, que poderia evitar sua extradição para a Suécia está sendo avaliado pelo governo equatoriano, informaram a Europa Press e a Univisión.

O pedido de asilo de Assange surpreendeu algumas pessoas, já que o fundador do WikiLeaks é conhecido por promover a transparência quando os governos tentam restringi-la. Por sua vez, o governo do Equador se notabiliza pelos constantes ataques à imprensa e por seus processos contra veículos e jornalistas. Para o governo equatoriano, porém, o pedido de Assange seria uma prova de que há liberdade de expressão no país, informou a ANSA.

Segundo a Reuters, na carta escrita ao presidente equatoriano, Rafael Correa, entrevistado por Assange em maio passado, o fundador do WikiLeaks diz se sentir perseguido "por publicar informações que comprometem os poderosos". Ironicamente, em abril de este ano, o diretor da organização equatoriana Fundamedios, o jornalista César Ricaurte, mandou uma carta aberta ao presidente Correa após receber ameaças de morte por suas críticas ao governo.

Em novembro de 2010, o vice-ministro de Relações Exteriores do Ecuador Kintto Lucas havia oferecido residência a Assange, mas Correa logo cancelou a proposta.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.