A Suprema Corte do México rejeitou recurso apresentado pelo jornal mexicano La Jornada contra decisão favorável à revista mensal Letras Libres, informou o El Economista. O diário acusava a publicação de calúnia.
Em março de 2004, a Letras Libres criticou a aliança entre o jornal espanhol Gara, ligado ao grupo terrorista ETA, e o La Jornada, de esquerda. Na edição seguinte, a revista publicou uma carta na qual Carmen Lira Saade, diretora do jornal mexicano, chamou de caluniosas as afirmações. Pouco tempo depois, o diário abriu um processo contra a revista, por considerar que o texto prejudicava sua reputação, explicou o La Silla Rota.
Segundo comunicado da Suprema Corte, a liberdade de expressão vem antes da honra. A Justiça considerou que o “La Jornada, como meio de comunicação, goza da mais ampla liberdade para repreender figuras públicas, mas também deve tolerar um amplo escrutínio em relação a sua própria conduta”, de acordo com o blog Avance MX.
A decisão "constitui um passo decisivo em favor da pluralidade de vozes e da promoção de um debate aberto de idéias e opiniões”, argumentou a organização Artigo 19.